quarta-feira, 2 de maio de 2012

A diferença entre Ressurreição e reencarnação





Por: Jânio Santos de Oliveira



Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara



 - Duque de Caxias- Rio de Janeiro



janio-construcaocivil.blogspot.com


 









A reencarnação é uma crença que tem a sua origem no hinduísmo. Este é uma religião surgida no Oriente, nas margens do rio Ganges, entre 3000 e 1500 a.C.. A reencarnação fundamenta-se na convicção de que os bons são premiados e os maus são castigados.

Os hindus crêem que as pessoas voltam a nascer, enquanto não alcançarem a perfeição. São ciclos de vida que se sucedem. Acreditam que as pessoas renascem mais perto ou mais longe da perfeição. Depende se são premiadas ou castigadas pelo seu comportamento anterior.

Mas a crença na reencarnação também existe no Ocidente. Nestes últimos tempos tem sido bastante divulgada por alguns grupos religiosos ou correntes filosóficas. Contudo, estes grupos põem de lado a noção de prêmio e de castigo. Acreditam que a pessoa evolui sempre no sentido da perfeição. Eles afirmam que a pessoa, passando por vários ciclos de vida, vai sendo cada vez mais perfeita, mais feliz. Para esta crença na reencarnação procura-se hoje fundamentação a partir da ciência.

Significado: Ressuscitar: Diz o Aurélio que ressurreição significa: “S. f. 1. Ato ou efeito de ressurgir ou ressuscitar; ressurgência.

Ressuscitar na doutrina cristã é surgir pra uma nova vida distinta e, sem medida, oposta à existência a vida terrestre.

E que ressuscitar significa: “V. t. d. 1. Fazer voltar à vida; reviver, ressurgir.

2. Restaurar, renovar, reproduzir: V. int.

3. Voltar à vida; tornar a viver; reviver, ressurgir.

4. Tornar a surgir; reaparecer, ressurgir:

5. “Escapar de grande perigo”.

Assim, podemos, para o nosso estudo, concluir que ressurreição é a ocorrência que faz voltar à vida, tornar a viver ou reviver; quem passou pelo derradeiro momento da morte física. Nesse conceito, mais abrangente, podemos também considerar como ressurreição a volta do Espírito à sua condição anterior no plano espiritual, ou seja, a ressurreição do espírito.
Já pelo conceito encontrado no Dicionário Bíblico Universal é: Ressurreição não é a volta à vida.

É de maneira inexata que se fala de ressurreição a propósito das crianças curadas por Elias e Eliseu (1Rs 17, 2Rs 4), a propósito do filho da viúva de Naim (Lc 7,11-17), de Lázaro (Jo 11) etc. Os textos se referem somente a um retorno à vida que não dispensa a pessoa beneficiada de ter que morrer um dia. Ressuscitar é descobrir, além da morte, uma vida de tipo novo, comportando relações novas dos homens entre si e dos homens com Deus.

O que não conseguimos estabelecer é quando e porque o povo hebreu passou a acreditar na ressurreição, pois os textos bíblicos, só mais tardiamente, por volta de 175 a 161 a.C., é que passam a falar dessa possibilidade.

Exemplo: Lazaro ressuscitou ou reviveu? Se lázaro tivesse ressuscitado, quem seria então o primogênito entre dos mortos a ressuscitar?

São por essas interrogações que posso afirmar que ressuscitar e reviver são distintas do ponto de vista etimológico e biblicamente e claro no seu sentido real. Portanto, ressuscitar quer dizer, ressurgir dos mortos e não voltar a morrer, já reviver é ressurgir dos mortos e voltar a morrer, pois, só Jesus cristo venceu a morte, ou seja, a ressurreição é a única resposta a morte.

Diferença entre Ressurreição e reencarnação

Reencarnar: v. Int. Reassumir a forma humana.
Reencarnação: s.f. Ato ou efeito de reencarnar; pluralidade de existências com um só espirito.

Reencarnação é uma idéia central de diversos sistemas filosóficos e religiosos, segundo a qual uma porção do Ser é capaz de subsistir à morte do corpo. Chamada consciência, espírito ou alma, essa porção seria capaz de ligar-se sucessivamente a diversos corpos para a consecução de um fim específico, como o auto-aperfeiçoamento ou a anulação do carma.

Características

A reencarnação é um dos pontos fundamentais do Espiritismo codificados por Allan Kardec, do Hinduísmo, do Jainismo, da Teosofia, do Rosacrucianismo e da filosofia platônica. Existem vertentes místicas do Cristianismo como, por exemplo, o Cristianismo esotérico, que também admite a reencarnação.

Há referência recentes a conceitos que poderiam lembrar a reencarnação na maior parte das religiões, incluindo religiões do Egito Antigo, religiões indígenas, entre outras. A crença na reencarnação também é parte da cultura popular ocidental, e sua representação é freqüente em filmes de Hollywood. É comum no Ocidente a idéia de que o Budismo também pregue a reencarnação, supostamente porque o Budismo tenha se originado como uma religião independente do Hinduísmo. No entanto essa noção tem sido contestada por fontes budistas.

Origens

A crença na reencarnação tem suas origens nos primórdios da humanidade, nas culturas primitivas. De acordo com alguns estudiosos, a idéia se desenvolveu de duas crenças comuns que afirmam que: Os seres humanos têm alma, que pode ser separada de seu corpo, temporariamente no sono, e permanentemente na morte;

As almas podem ser transferidas de um organismo para outro.
Entre as tentativas de dar uma base "científica" a essa crença, destaca-se o trabalho do Dr. Ian Stevenson, da Universidade de Virgínia, Estados Unidos, que recolheu dados sobre mais de 2.000 casos em todo o mundo que evidenciariam a reencarnação. No Siri Lanka (país onde a crença é muito popular), os resultados foram bem expressivos.

Segundo os dados levantados vidas passadas surgem geralmente aos dois anos de idade, desaparecendo com o desenvolvimento do cérebro. Uma constante aparece na proximidade familiar, embora haja casos sem nenhum relacionamento étnico ou cultural. Mortes na infância, de forma violenta, aparentam ser mais relatadas.

A repressão para proteger a criança ou a ignorância do assunto faz com que sinais que indiquem um caso suspeito normalmente sejam esquecidos ou escondidos. Influências comportamentais (fragmentos de algum idioma, fobias, depressões etc) podem surgir, porém a associação peremptória desses fenômenos com encarnações passadas continua a carecer de fundamentação científica consistente, sendo mais facilmente atribuíveis a outros fatores.

Dentre os trabalhos desenvolvidos por Dr. Stevenson sobre a reencarnação, destaca-se a obra Vinte casos sugestivos de reencarnação.
É importante também citar o trabalho do Engenheiro Norte-Americano Joseph Richard Myers, o qual atualmente reside no Brasil. Sua pesquisa que durou mais de 40 anos resume-se em provar que além da história de vida, tendências pessoais e traços de personalidade, também a aparência física é um fator de identificação de um mesmo espírito em diferentes reencarnações, ou seja, há uma semelhança física entre as personalidades animadas por um mesmo espírito em diferentes existências.

Existem acadêmicos que realmente acreditam que Jesus deixou para trás uma tumba vazia, entretanto, o corpo de sua ressurreição foi invisível e imaterial em sua natureza. Distorcem os ensinamentos do apóstolo Paulo e ensinam que “o corpo futuro (ressurreto) dos crentes não será carnal, mas unicamente um corpo espiritual”. Tal fato, se visto de maneira realmente bíblica, tende-se ao erro, pois claramente as escrituras sagradas afirmam que o Cristo Ressurreto teve fome e a prova cabal e concreta do corpo físico está em Lc 24.39.

Vimos que reencarnação é o modo pelo qual um mesmo espirito se apoderaria de diversos corpos passando a viver materialmente em diversas épocas. Exemplo: o ser vivente nasceu homem na origem, após a morte, entraria em um novo corpo no momento do nascimento e viveria novamente assim sucessivamente.
Se caso foi um homem, em um novo nascimento poderia nascer mulher, e assim sucessivamente.

Baseado em que, ninguém sabe! Não existe em lugar nenhum, base para essa teoria. A única explicação seria assumidamente uma distorção, uma doutrina semi paralela deturpando em sua plenitude as coisas em relação a Palavra de Deus. Seria a negatividade das Escrituras Sagradas. É a chamada “meia verdade”.Fala uma coisa que Deus não falou. Face essa teoria negativista, aquele que se diz seguidor de Cristo Jesus abomina veementemente essa prática porque trata-se de doutrina demoníaca.

Deus falou nas Escrituras Sagradas o seguinte: (Hb 9.27) E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo,
(Ec 12.7) e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.
(Ef 4.4) Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; (Jo 11.14) Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia.

Não há a menor possibilidade disso acontecer uma vez que quem dá o espirito para cada ser humano é Deus. Se Deus fornece o espirito, Ele quer de volta a menos que a alma se desvie para o reino de satanás.

Quando o ser humano morre; quer morra na situação de justo ou de ímpio (incrédulo), ele não fica vagando pelo mundo igual aos espíritos dos anjos caídos. Eles ficam sob as ordens de Deus aguardando o dia do julgamento para que sejam separados; os que entrarão no Reino Celestial, e os que entrarão no reino de Satanás (inferno). O ingresso para se entrar no reino de Deus é: fé, crença, conversão, arrependimento. O ingresso para se entrar no reino de Satanás é: "incredulidade, impiedade, maldade, negatividade ao Reino de Deus, descrença em Jesus e Espirito Santo" .

A teologia Protestante liberal, que Paulo não acreditava em um corpo de ressurreição físico, mas em um “corpo espiritual”, que é, digamos, um “corpo” pontual, imaterial, intangível e sem massa.

Na hipótese de que Paulo é nossa testemunha mais atual da crença na ressurreição de Jesus, Paulo é colocado contra as narrativas dos Evangelhos sobre o túmulo vazio e as aparições de Cristo ressuscitado. A visão de Paulo é considerada como a crença primitiva e os Evangelhos representam o resultado da lendária corrupção e reforma teológica da tradição primitiva.

Mostrou-se, porém, que esta tentativa de colocar Paulo contra os Evangelhos vem de uma análise distorcida. Todos reconhecem que Paulo não ensina a imortalidade da alma sozinha, mas a ressurreição do corpo. Contudo, é extraordinariamente difícil conceber qual é a diferença entre a imortalidade da alma e a existência de um “corpo” pontual, imaterial, intangível e sem massa. Em I Co 15: 42-44, Paulo descreve as diferenças entre nosso corpo terrestre, presente e nosso corpo futuro, corpo ressurreto, que será como o de Cristo. Ele designa quatro contrastes essenciais entre o corpo terreno e o corpo ressurreto:
O corpo terreno é: Mas o corpo ressurreto é: mortal impuro fraco natural imortal glorioso poderoso espiritual

Agora apenas o último contraste pode nos levar a pensar que Paulo não acreditava em um corpo de ressurreição física. Mas o que ele quer dizer com as palavras traduzidas aqui como “natural/ espiritual”? A palavra traduzida “natural” (psychikos) literalmente significa “almado”. Agora, obviamente, Paulo não quer dizer que nosso corpo presente é feito de alma.

Em vez disso, com esta palavra ele quer dizer “dominado por ou pertencente à natureza humana”. Semelhantemente, quando ele diz que o corpo ressurreto será “espiritual” (pneumatikos), ele não quer dizer “feito de espírito”. Em vez disso, ele quer dizer “dominado por ou orientado segundo o Espírito”. Veja a maneira como Paulo usa estas mesmas palavras em I Co 2.14.15:

"Ora, o "homem natural" ("anthropos psychikos") não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele é loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é "espiritual" ("pneumatikos") discerne bem tudo, enquanto ele por ninguém é discernido".

Homem natural não significa “homem físico”, mas “homem orientado segundo a natureza humana”. Homem espiritual não significa “homem intangível, imaterial”, mas “homem orientado segundo o Espírito”. O contraste é o mesmo em I Co 15. O corpo terreno, presente, será liberto de sua escravidão pela natureza pecadora humana e, por outro lado, será completamente cheio de poder e direcionado pelo Espírito de Deus.

Mas, e quanto a I Co 15.50:
“Carne ou sangue não poderá (n.b. verbo no singular) herdar o Reino de Deus”? Isto não indica que o corpo ressurreto deve ser imaterial? Não mesmo. Praticamente todos os comentadores reconhecem que a expressão “carne e sangue” é uma típica expressão semítica que indica nossa frágil natureza humana.

Em outra passagem Paulo usa a expressão significando “criaturas mortais” (Ef 6:12) ou mesmo apenas “pessoas” (Gl 1:16). Portanto, a segunda metade do versículo completa a primeira: “nem o corruptível pode herdar a incorruptibilidade”. O corpo presente deve ser liberto de sua corruptibilidade -não de sua materialidade- a fim de estar pronto para o eterno domínio de Deus.

Quantas vezes o homem morre?

Os Kardecistas vivem tentando fugir de evidência Bíblica contra o raciocínio reencarnacionista. Dentro da cosmovisão teológica cristã, o texto mais contundente encontra-se em Hb 9.27 que diz:

“E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo”

Diante de um texto tão destrutivo ao pensamento espírita, argumenta os apologistas do espiritismo:

“A passagem acima é citada inúmeras vezes, como argumento contra a Reencarnação... No Novo Testamento é narrada a ressurreição da filha de Jairo, do filho da viúva de Naim e de Lázaro. Se de fato houve essas ressurreições, vale dizer que Eles morreram DUAS vezes! E aí, como ficamos diante da afirmativa citada?”*

Quais sãos os problemas que precisamos responder então?

A) - Como fica o caso das pessoas na Bíblia que morreram e ressuscitaram pela intervenção de um milagre? Afinal de contas ao morrerem, elas morreram duas vezes?

B) – E as pessoas que morreram e ressuscitaram, foram julgadas duas vezes? A lógica aqui é – se ao morrer eu sou julgado, como fica então os que morreram duas vezes – eles tiveram dois julgamentos?

"... ordenados morrerem..."

“O texto explicita que a morte em si é inevitável (é isso que o autor de Hebreus quer salientar). Ninguém está isento dessa experiência "debaixo do sol". A diferença entre a morte de Cristo e todos os demais indivíduos é que a de Cristo foi voluntário (Jo 10.18), ao passo que para todos os demais seres humanos ela é ordena – Armazenada para eles” - (pois o "salário do pecado" - Rm 3.23).

“...uma só vez...”

Aqui se encontra a parte do versículo mais problemática, pois os Kardecistas alega que as pessoas que ressuscitaram e voltaram a morrer teriam morrido duas vezes – enquanto o texto fala que o homem deve morrer uma só vez.

“ao fazer a comparação entre todos os homens e Cristo, o escritor começa com um fator comum: Ele morreu uma só vez, consideração esta que é repetida mais de uma vez. O que há de mais relevante nesta declaração é que a morte agora é declarada no passivo, tendo-se oferecido...”

Jesus se ofereceu uma única vez para redimir os homens da morte. O contraste do texto é para frisar esse fato – Jesus se ofereceu uma vez para libertar o homem da morte. O texto mostra que a morte quando efetivada, se não acontecer nenhum milagre da parte de Deus, é o caminho que todos devem passar, vindo depois disso o juízo de Deus.

Quanto aos milagres de ressurreição, eles foram feitos pelo poder e vontade exclusiva de Deus - ou seja - Ele interferiu na morte de alguém, dando àquele indivíduo mais tempo de vida. Claro, mas todos os que ressuscitaram no VT e no NT voltaram a morrer - cumprindo o designo humano e o texto de Hebreus 9.27 - " E, como aos homens está armazenado (ou guardado) morrerem uma só vez, vindo depois o juízo ".

Outro fato interessante de notarmos é a doutrina Escatológica. Ela mostra que nem todos irão preceder aos que morrem, mas muitos não experimentarão a morte, sendo arrebatados para a glória de Deus (I Ts 4.15). Isso explicita que o texto bíblico de Hebreus tem duas exceções: No caso de pessoas que morreram e foram ressuscitadas e o caso do arrebatamento da Igreja – Mas em nenhum dos dois casos de exceção existe brecha para a doutrina reencarnacionista.

“...vindo depois o juízo”

As palavras “vindo depois o juízo” não visam dar a entender que o julgamento ocorre imediatamente após a morte, mas que o julgamento deve ser esperado subseqüentemente à morte. O juízo aqui (krisis) aludido é o juízo final. Esse juízo não será aplicado a um conjunto de vidas, mas a uma única vida - a uma única existência (por isso a importância de aproveitarmos para chegar-nos a Deus no dia de hoje - Hb 3).

Nossa vida é única e intransferível diante de Deus. Somos responsáveis diretos por todas as decisões e atitudes que tomamos.

Se a reencarnação fosse verdade, não teria sentido Jesus ter narrado a história do rico e do Lazaro. A Bíblia não teria sentido, a própria vida não teria sentido.

A Bíblia fala de ressurreição, e não de reencarnação. O conselho prático seria aceitarmos a revelação de Deus na bíblia para nossas vidas e negarmos o engodo da reencarnação.

Que Deus tenha misericórdia das pessoas que ainda estão sendo enganadas no espiritismo.

Deus pode libertá-los da escravidão do pecado e do engano (Jo 8.32,36), pois Jesus é o Caminho a VERDADE e a Vida (Jo14.6).

Fiquem com Deus e a Paz do Senhor Jesus, amém!

Nenhum comentário:

Postar um comentário