quarta-feira, 1 de maio de 2013

Conheça as raízes da teologia da prosperidade e saiba como combater a teologia da prosperidade




Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja
 Assembleia de Deus no Estácio

Rua Hadok Lobo, nº 92 - Pastor Presidente Jilsom
 Menezes de Oliveira
Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus a Paz do Senhor!




Nos últimos anos, tem sido apregoada aos quatro cantos do mundo um ensino exagerado sobre a prosperidade cristã. Segundo este ensinamento, todo crente tem que ser rico, não morar em casa alugada, ganhar bem, além de ter saúde plena, sem nunca adoecer. Caso não seja assim, é porque está em pecado ou não tem fé. Neste estudo, procuraremos examinar o assunto à luz da Bíblia, buscando entender a verdadeira doutrina da prosperidade. 

Nesta matéria apresento baseado em estudos  um estudo abrangente sobre a teologia da prosperidade e como combate-la.

O caso do Silas Malafaia ganha destaque neste estudo em função da maneira como ele vem se comportando em relação a este assunto . Vamos acompanhar!


I.                   A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE À LUZ DA BÍBLIA


Nos últimos anos, tem sido apregoada aos quatro cantos do mundo um ensino exagerado sobre a prosperidade cristã. Segundo este ensinamento, todo crente tem que ser rico, não morar em casa alugada, ganhar bem, além de ter saúde plena, sem nunca adoecer. Caso não seja assim, é porque está em pecado ou não tem fé. Neste estudo, procuraremos examinar o assunto à luz da Bíblia, buscando entender a verdadeira doutrina da prosperidade.

1 - O QUE É PROSPERIDADE.
No Dic. Aurélio, encontramos vários significados em torno da palavra prosperidade.:
A. PROSPERIDADE (do lat., prosperitate). Qualidade ou estado de próspero; situação próspera.
B. PROSPERAR. Tornar-se próspero ou afortunado; enriquecer; ser favorável; progredir; desenvolver.
C. PRÓSPERO. Propício, favorável, ditoso, feliz, venturoso.
D. BIBLICAMENTE, prosperidade é mais que isso. É o que diz o Salmo 1. 1-3.

2. A MODERNA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE EM CONFRONTO COM A BÍBLIA.


A.    NOMES INFLUENTES.

1.1. KENYON. Nasceu em 24.04.1867, Saratoga, Nova York, EUA, falecendo aos 19.03.48. Nos anos 30 a 40, desenvolveram-se os ensinos de Essek William Kenyon. Segundo Pieratt (p. 27), ele tinha pouco conhecimento teológico formal. "Kenyon nutria uma simpatia por Mary Baker Eddy" (Gondim, p. 44), fundadora do movimento herético "Ciência Cristã", que afirma que a matéria, a doença não existem. Tudo depende da mente. Pastoreou igrejas batistas, metodistas e pentecostais. Depois, ficou sem ligar-se a qualquer igreja. De acordo com Hanegraaff, Kenyon sofreu influência das seitas metafísicas como Ciência da Mente, Ciência Cristã e Novo Pensamento, que é o pai do chamado "Movimento da Fé". Esses ensinos afirmam que tudo o que você pensar e disser transformará em realidade. Enfatizam o "Poder da Mente".

B. KENNETH HAGIN.

Discípulo de Kenyon. Nasceu em 20.08.1918, em McKinney, Estado do Texas, EUA. sofreu várias enfermidades e pobreza; diz que se converteu após ter ido três vezes ao inferno (Romeiro, p. 10). Aos 16 anos diz ter recebido uma revelação de Mc 11.23,24, entendendo que tudo se pode obter de Deus, desde que confesse em voz alta, nunca duvidando da obtenção da resposta, mesmo que as evidências indiquem o contrário. Isso é a essência da "Confissão Positiva".
Foi pastor de uma igreja batista (1934-1937); depois ligou-se à Assembléia de Deus (1937-1949), em seguida passou por várias igrejas pentecostais, e, finalmente, fundou seu próprio ministério, aos 30 anos, fundando o Instituto Bíblico Rhema. Foi criticado por ter escrito livros com total semelhança aos de Kenyon, mas defendeu-se, dizendo que não era plágio, que os recebera diretamente de Deus.

3. OS ENSINOS DO EVANGELHO DA PROSPERIDADE EM CONFRONTO COM A BÍBLIA.

Os defensores da "teologia ou do evangelho da prosperidade" baseiam-se em três pontos a serem considerados:

A. AUTORIDADE ESPIRITUAL.

A.a. PROFETAS, HOJE.

Segundo K. Hagin, Deus tem dado autoridade (unção) a profetas nos dias atuais, como seus porta-vozes. Ele diz que "recebe revelações diretamente do Senhor"; "...Dou graças a Deus pela unção de profeta...Reconheço que se trata de uma unção diferente...é a mesma unção, multiplicada cerca de cem vezes" (Hagin, Compreendendo a Unção, p. 7). È

A.a. "AUTORIDADE DAS REVELAÇÕES".



Essa autoridade deriva das "visões, profecias, entrevistas com Jesus, curas, palavras de conhecimento, nuvens de glória, rostos que brilham, ser abatido (cair) no Espírito", rejeição às doenças, ordenando-lhes que saiam, etc. Ele diz que quem rejeitar seus ensinos "serão atingidos de morte, como Ananias e Safira" (Pieratt, p. 48). è


·        O QUE DIZ A BÍBLIA.


A Palavra de Deus garante autoridade aos servos do Senhor (cf. Lc 24.49; At 1.8; Mc 16.17,18). Mas essa autoridade ou poder deriva da fé no Nome de Jesus e da Sua Palavra, e não das experiências pessoais, de visões e revelações atuais. Não pode existir qualquer "nova revelação" da vontade de Deus. Tudo está na Bíblia (Ver At 20.20; Ap 22.18,19).
Devemos seguir o exemplo de Paulo, que recebeu revelação extraordinária, mas não a escreveu (cf. 2 Co 12.1-6).

A.c.  HOMENS SÃO DEUSES!




Diz Hagin: "Você é tanto uma encarnação de Deus quanto Jesus Cristo o foi..." (Hagin, Word of Faith, 1980, p. 14). "Você não tem um deus dentro de você. Você é um Deus" (Kenneth Copeland, fita cassete The Force of Love, BBC-56). "Eis quem somos: somos Cristo!" (Hagin, Zoe: A Própria Vida de Deus, p.57). Baseiam-se, erroneamente, no Sl 82.6, citado por Jesus em Jo 10.31-39. "Eu sou um pequeno Messias" (Hagin, citado por Hanegraaff, p. 119).



·        O QUE A BÍBLIA DIZ. Satanás, no Éden, incluiu no seu engodo, que o homem seria "como Deus, sabendo o bem e o mal" (Gn 3.5). Isso é doutrina de demônio. Em Jo 10.34, Jesus citou o Sl 82.6, mostrando a fragilidade do homem e não sua deificação: "...Todavia, como homem morrereis e caireis, como qualquer dos príncipes" (v. 7). "Deus não é homem" (Nm 23.19; 1 Sm 15.29; Os 11.9 Ex 9.14). Fomos feitos semelhantes a Deus, mas não somos iguais a Ele, que é Onipotente (Jó 42.2;...); o homem é frágil (1 Co 1.25); Deus é Onisciente (Is 40.13, 14; Sl 147.5); o homem é limitado no conhecimento (Is 55.8,9). Deus é Onipresente (Jr 23.23,24). O homem só pode estar num lugar (Sl 139.1-12). Diante desse ensino, pode-se entender porque os adeptos da doutrina da prosperidade pregam que podem obter o que quiserem, nunca sendo pobres, nunca adoecendo. É que se consideram deuses!

B. SAÚDE E PROSPERIDADE.
Esse tema insere-se no âmbito das "promessas da doutrina da prosperidade". Segundo essa doutrina, o cristão tem direito a saúde e riqueza; diante disso, doença e pobreza são maldições da lei.


B.a. BÊNÇÃO E MALDIÇÃO DA LEI.
Com base em Gl 3.13,14, K.Hagin diz que fomos libertos da maldição da lei, que são: 1) Pobreza; 2) doença e 3) morte espiritual. Ele toma emprestadas as maldições de Dt 28 contra os israelitas que pecassem. Hagin diz que os cristão sofrem doenças por causa da lei de Moisés.


·        O QUE DIZ A BÍBLIA.


Paulo refere-se, no texto de Gl 3 à maldição da lei a todos os homens, que permanecem nos seus pecados. A igreja não se encontra debaixo da maldição da lei de Moisés. (cf. Rm 3.19; Ef 2.14). Hagin diz que ficamos debaixo da bênção de Abraão (Gl 3.7-9), que inclui não ter doenças e ser rico. Ora, Abraão foi abençoado por causa da fé e não das riquezas. Aliás, estas lhe causaram grandes problemas. Muitos cristãos fiéis ficaram doentes e foram martirizados, vivendo na pobreza, mas herdeiros das riquezas celestiais (1 Pe 3.7).
Os teólogos da prosperidade dizem que Cristo, na Cruz, "removeu não somente a culpa do pecado, mas os efeitos do pecado" (Pieratt, p. 132). Mas isso não é verdade, pois Paulo diz que "toda a criação geme", inclusive os crentes, aguardando a completa redenção.



A.a. O CRISTÃO NÃO DEVE ADOECER.

Eles ensinam que "todo cristão deve esperar viver uma vida plena, isenta de doenças" e viver de 70 a 80 anos, sem dor ou sofrimento. Quem ficar doente é porque não reivindica seus direitos ou não tem fé. E não há exceções (Pieratt, p. 135). Pregam que Is. 53.4,5 é algo absoluto. Fomos sarados e não existe mais doença para o crente.


·        O QUE DIZ A BÍBLIA:


"No mundo, tereis aflições" (Jo 16.33). São Paulo viveu doente (Ver 1 Co 4.11; Gl 4.13), passou fome, sede, nudez, agressões, etc. Seus companheiros adoeceram (Fp 2.30). Timóteo tinha uma doença crônica (1 Tm 5.23). Trófimo ficou doente (2 Tm 4.20). Essas pessoas não tinham fé? Jesus curou enfermos, e citou Is 53.4,5 (cf. Mt 8.16,17).
No tanque de Betesda, havia muitos doentes, mas Jesus só curou um (cf. Jo 5.3,8,9). Deus cura, sim. Mas não cura todos as pessoas. Se assim fosse, não haveria nenhum crente doente. Deve-se considerar os desígnios e a soberania divina. Conhecemos homens e mulheres de Deus, gigantes na fé, que têm adoecido e passado para o Senhor.

B.c. O CRISTÃO NÃO DEVE SER POBRE.
Os seguidores de Hagin enfatizam muito que o crente deve ter carro novo, casa nova (jamais morar em casa alugada!), as melhores roupas, uma vida de luxo. Dizem que Jesus andou no "cadillac" da época, o jumentinho. Isso é ingênuo, pois o "cadillac" da época de Cristo seria a carruagem de luxo, e não o simples jumentinho.


·        O QUE DIZ A BÍBLIA.

A Palavra de Deus não incentiva a riqueza (também não a proíbe, desde que adquirida com honestidade, nem santifica a pobreza); S. Paulo diz que aprendeu a contentar-se com o que tinha (cf. Fp 4.11,12; 1 Tm 6.8);
Jesus enfatizou que só uma coisa era necessária: ouvir sua palavra (Lc 10.42); Ele disse que é difícil um rico entrar no céu (Mt 19.23); disse, também, que a vida não se constitui de riquezas (Lc 12.15). Os apóstolos não foram ricaços, mas homens simples, sem a posse de riquezas materiais. S. Paulo advertiu para o perigo das riquezas (1 Tm 6.7-10)

C. CONFISSÃO POSITIVA.

É o terceiro ponto da teologia da prosperidade. Ela está incluída na "fórmula da fé", que Hagin diz ter recebido diretamente de Jesus, que lhe apareceu e mandou escrever de 1 a 4, a "fórmula".
Se alguém deseja receber algo de Jesus, basta segui-la:

a.  "Diga a coisa" positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo. De acordo com o que o indivíduo quiser, ele receberá". Essa é a essência da confissão positiva.

b. " Faça a coisa". "Seus atos derrotam-no ou lhe dão vitória. De acordo com sua ação, você será impedido ou receberá".

c. "Receba a coisa". Compete a nós a conexão com o dínamo do céu". A fé é o pino da tomada. Basta conectá-lo.

d. "Conte a coisa" a fim de que outros também possam crer". Para fazer a "confissão positiva", o cristão dever usar as expressões: exijo, decreto, declaro, determino, reivindico, em lugar de dizer : peço, rogo, suplico; jamais dizer: "se for da tua vontade", segundo Benny Hinn, pois isto destrói a fé.

Mas Jesus orou ao Pai, dizendo: "Se é da tua vontade...faça-se a tua vontade..." (Mt 26.39,42). "Confissão positiva" se refere literalmente a trazer à existência o que declaramos com nossa boca, uma vez que a fé é uma confissão" (Romeiro, p. 6).

4.  A VERDADEIRA PROSPERIDADE.

A Palavra de Deus tem promessas de prosperidade para seus filhos. Ao refutar a "Teologia da Prosperidade", não devemos aceitar nem pregar a "Teologia da Miserabilidade".

A.  A PROSPERIDADE ESPIRITUAL.

Esta deve vir em primeiro lugar. Sl 112.3; Sl 73.23-28. É ser salvo em Cristo Jesus; batizado com o Espírito Santo; é ter o nome escrito no Livro da Vida; é ser herdeiro com Cristo (Rm 8.17); Deus escolheu os pobres deste mundo para serem herdeiros do reino (Tg 2.5); somos co-herdeiros da graça (1 Pe 3.7); devemos ser ricos de boas obras (1 Tm 6.18,19); tudo isso nos é concedido pela graça de Deus.

B. PROSPERIDADE EM TUDO.

Deus promete bênçãos materiais a seus servos, condicionando-as à obediência à sua Palavra e não à "Confissão Positiva".

B.a. BÊNÇÃOS E OBEDIÊNCIA. Dt 28.1-14. São bênçãos prometidas a Israel, que podem ser aplicadas aos crentes, hoje.


B.b. PROSPERIDADE EM TUDO (Sl 1.1-3; Dt 29.29; ). As promessas de Deus para o justo são perfeitamente válidas para hoje. Mas isso não significa que o crente que não tiver todos os bens, casa própria, carro novo, não seja fiel.

B.c.  CRENDO NOS SEU PROFETAS (2 Cr 20.20;). Deus promete prosperidade para quem crê na Sua palavra, transmitida pelos seus profetas, ou seja, homens e mulheres de Deus, que falam verdadeiramente pela direção do Espírito Santo, em acordo com a Bíblia, e não por entendimento pessoal.

B.d.  PROSPERIDADE E SAÚDE (3 Jo 2). A saúde é uma bênção de Deus para seu povo em todos os tempos. Mas não se deve exagerar, dizendo que quem ficar doente é porque está em pecado ou porque não tem fé.

B.e. BÊNÇÃOS DECORRENTES DA FIDELIDADE NO DÍZIMO (Ml 3.10,11). As janelas do céu são abertas para aqueles que entregam seus dízimos fielmente, pela fé e obediência à Palavra de Deus.

B.f.  O JUSTO NÃO DEVE SER MISERÁVEL. (Sl 37.25). O servo de Deus não deve ser miserável, ainda que possa ser pobre, pois a pobreza nunca foi maldição, de acordo com a Bíblia.
 

O crente em Jesus tem o direito de ser próspero espiritual e materialmente, segundo a bênção de Deus sobre sua vida, sua família, seu trabalho. Mas isso não significa que todos tenham de ser ricos materialmente, no luxo e na ostentação. Ser pobre não é pecado nem ser rico é sinônimo de santidade. Não devemos aceitar os exageros da "Teologia da Prosperidade", nem aceitar a "Teologia da Miserabilidade". Deus é fiel em suas promessa. Na vida material, a promessa de bênçãos decorrentes da fidelidade nos dízimos aplicam-se á igreja. A saúde é bênção de Deus. Contudo, servos de Deus, humildes e fiéis, adoecem e muitos são chamados á glória, não por pecado ou falta de fé, mas por desígnio de Deus. Que o Senhor nos ajude a entender melhor essas verdades.

II.                 NA PASSAGEM BÍBLICA SOBRE JÓ PODEMOS APRENDER ALGO  INTERESSANTE:
 
Os amigos de Jó, após verem a sua situação deplorável, passado aquele momento de comoção e pesar e vendo o estado de Jó piorar, começaram a procurar uma justificativa para o que estava acontecendo. Estavam agora, agindo pela razão. Não está errado o cristão procurar saber de Deus o porquê das coisas, desde que não esqueça de reconhecer sua soberania , onisciência, justiça, amor, pois somos muito limitados para entender as coisas de Deus. O Apóstolo Paulo em Ef 3:10 fala da multiforme sabedoria de Deus, o qual tem muitas maneiras de realizar os seus planos em nossas vidas. Formas que geralmente não entendemos , assim como Jó e seus amigos não entenderam.
Todavia, Elifaz, procura como um filósofo a causa de Jó estar passando por tantos infortúnios, tendo por base suas próprias experiências (Jó 4:7,8). Em suma ele conclui que Jó precisava submeter-se a Deus para que fosse abençoado, caso se arrependesse (Jó 5:17,27).
De forma maravilhosa Deus fala, através do profeta Jeremias (9:24) “ Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me CONHECER e SABER que eu sou o SENHOR...” Conhecer a Deus é muito mais profundo do que imaginamos. Ele não está limitado em sua maneira de agir com os seus servos. Ele prova a quem quer e como quer. Às vezes agimos como Elifaz baseados em experiências anteriores, somente, e não percebemos o que Deus está fazendo. Temos a tendência de julgarmos as pessoas e dizermos que elas estão em tal situação por que fizeram isto ou aquilo ou deixaram de fazer isto ou aquilo. Não nos restam dúvidas que há exemplos no contexto bíblico que são incontestáveis. Que o homem colherá aquilo que ele semear, que há enfermidades provenientes de pecado, que alguns crentes estão em situações difíceis por negligência espiritual, etc. Porém o livro de Jó nos traz exceções. Pois Deus permitiu que Satanás tocasse na família e vida daquele que era íntegro, reto e temente a Deus (Jó 1:8).
 
1.     A doutrina de Bildade.
 
Bildade justificava as tragédias ocorridas com seu amigo Jó, acusando-o de haver falhado em sua obediência a DEUS e queria provar que DEUS só abençoa aqueles que lhe são fiéis e amaldiçoa aqueles que falham.
A fim de fundamentar a sua doutrina, evoca Bildade o testemunho dos antigos: “Porque, eu te peço, pergunta agora às gerações passadas e prepara-te para a inquirição de seus pais. Porque nós somos de ontem e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra” (Jó 8.8,9).
A falácia de Bildade. 
A doutrina de Bildade é recheada de verdades e mentiras misturadas de modo a enganar aos incautos e faltos de sabedoria. Assim são as modernas músicas "evangélicas" com letras bíblicas e mundanas e sons santos e profanos; e Pregações shows, que trazem ocultamente a maligna Teologia da Prosperidade que tem feito ricos pobres da presença de DEUS e dos pobres, ricos sem DEUS.
 
1 Tm 6.10 Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
1) “A Teologia da Prosperidade declara que Deus não diz ‘não’ às orações de seus filhos.” (Ler Dt 3.23-29; 2 Sm 12.15-23; 2 Co 12.7-9.)
2) “A Teologia da Prosperidade diz que devemos orar apenas uma vez por alguma coisa. A oração repetida significa falta de fé.” (Ler Mt 26.44; 2 Co 12.8; Gn 25,21; Lc 1.13.)
3) “A Teologia da Prosperidade ensina que sofrimento significa falta de fé.” (Ler 2 Co 4.8,9; 11.23-29.)
4) “A Teologia da Prosperidade afirma que pobreza não combina com nossa posição de filhos do Rei.” (2 Co 8.9; Tg 5.1,6; 2 Tm 6.9,10,17-19.)

1. A prosperidade material. Sl 73.1-10 = Os Ricos são ímpios em sua grande maioria, porque para ficar rico o homem quase sempre tem que roubar, matar, destruir e mentir, o que é larga e fartamente ensinado por satanás; portanto não é verdade que só os fiéis a DEUS é que são "Prósperos" financeiramente.

2. As provações dos justos. Sabemos que muitos servos de DEUS passaram por pobreza e até pobreza extrema como é o caso de José, Elias, Amós e Lázaro e até os apóstolos; então, como não podemos colocar à prova a fé dos mesmos, concluímos que também os crentes fiéis passam por situações difíceis.

3. A evidência de uma vida piedosa. Creio que DEUS tem um plano para cada um de nós desde que nos submetamos a ELE. Assim DEUS chama uns para serem pobres e na sua pobreza fazer uma grande obra pra ELE; enquanto também chama pessoas de classe média e alta para O servir. Também vemos que ELE chama ricos e os faz pobres, como chama pobres e os faz ricos, tudo está em Seus planos e o que temos que fazer é nos submeter a eles sem murmuração.
 
 
 
2.     Paulo talvez fosse rico antes, mas depois que teve contato com CRISTO viveu sem riquezas materiais. Fp 4:11-12 "... aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas tenho experiência, tanto a ter fartura, como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade". I Co 4:11-14 "até a presente hora sofremos forme, e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa. E nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos ... mas admoesto-vos como filhos amados". Paulo era um homem sem fé? fraco? débil?
 
A Teologia da Prosperidade é diabolicamente perversa e mentirosa, porque induz os filhos de Deus a buscar a riqueza, por concluírem ser esta tão importante quanto a salvação.

3. A teologia da miséria. 
 
Existe a "teologia da miséria" pregada por algumas religiões, que visa a salvação através do sofrimento, o que não está correto, pois sendo assim, todos os pobres miseráveis e sofredores seriam salvos sem o sacrifício vicário de CRISTO.
Jó não era justificado nem pela sua riqueza de antes e nem pela sua pobreza de agora e sim pela sua fé num redentor que esperava ele, vir em sua ajuda.
Ef 2.8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; 9 não vem das obras, para que ninguém se glorie.

4 . A porção de Agur. 

“Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada; para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus” (Pv 30.7-9).
Veja o que o ESPÍRITO SANTO nos ensina sobre o desejo de se tornar rico, usando o apóstolo Paulo:
1 Tm 6.9 Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição.


III.              REFUTAÇÕES BÍBLICAS DO “EVANGELHO DA PROSPERIDADE”
 
 
Heresia segundo a qual o crente "deve ser rico", “sempre ter saúde”, senão não está abençoado.. Dizem que por ser filho de Deus,
temos o "direito" de termos o que quisermos! Vejamos as refutações bíblicas:
      
1.    Salomão não pediu riquezas... 1 Rs 3.9
2.    O mendigo Lázaro era salvo, porém... Lc 16.20-23
3.    Jesus não tinha onde reclinar a cabeça: Mt 8.20
4.    Paulo viveu em constante pobreza: Fp 4.11
5.    Porque Jesus pediu ao rico para desfazer-se dos bens? Lc 18.22
6.    Os que querem ficar ricos caem em tentações: 1 Tm 6.9
7.    Não podemos servir a Deus e as riquezas: Lc 16.13
8.    Igreja Apostólica não tinha membros que se diferenciassem entre si nas posses: At 2.44-45
9.    A recomendação para  os  discípulos:  não  ter  2  túnicas...Mt 10.9-10
10. A pobreza como honra ("o irmão de condição humilde"... Tg 1.9)
11. A oração que não é atendida: para gastar no luxo: Tg 4.3
12. "Transformação dos elementos?". Onde? Na Bíblia? A alquimia  é uma forma de feitiçaria! Ex 22.18, Ap 21.8
13. Na oração do Pai Nosso não há indicação de  pedirmos  além  do necessário ("de cada dia..." Mt 6.11)
14. A colheita de cem por um é de natureza espiritual! Mt 13.23
15. A Bíblia exorta a procurar os melhores dons (1  Co  12.31),  a buscar a Deus e Seu Reino (Is 55.6, Mt 6.33), etc. Não há  passagem
recomendando o acúmulo de bens (veja Pv 30.8-9, Sl 62.10,  1ì Tm 6.8)
16. O servo de Eliseu pegou lepra pela cobiça... 2 Rs 5.20-27
17. Cobiça como pecado: Lc 12.15-21, 1 Jo 2.16
18. "Não amar as coisas do mundo", significa não desejá-las!1  Jo .15
19. "Não ajunteis tesouro na terra..." Mt 6.19
20. José e Maria eram humildes. Sua oferta de sacrifício no templo foi um par de rolas (Lc 2.22-24), a mais simples oferta (veja  Lv 12.6-8)
21. A fascinação da riqueza sufoca o  crescimento  espiritual Mc 4.19
22. O amor ás riquezas, raiz dos males 1 Tm 6.10
23. Riqueza como serviço: 1 Tm 6.17-19
24. Pedro e João não tinham oferta para dar ao paralítico: At 3.6
25. Transitoriedade e vaidade (Pv 23.5, Ec 2.18, 5.10)
26. Pobres no mundo, mas ricos para Deus (Tg 2.5)
27. Moisés abandonou sua riqueza e "status", para servir a Deus  e ao Seu povo Hb 11.24-26
28. Prosperidade como resultado da obediência, e não  dos  "direitos": Dt 7.12-13, 11.13-15.
29. A cobiça levou o povo de Israel a desobedecer e ser  derrotado: Js 7.1-26
30. Deus usou Gideão, da família mais pobre de Manassés, para  libertar Israel: Jz 6.15
31. Jó, um justo, passou por um período de pobreza total: Jó 1.9-12
32. "Ganhar o mundo inteiro" ou "perder sua alma"? (Mc 8.36). Veja também Lc 12.34
33. Qual o objetivo do evangelho? Prosperidade ou  salvação?  Veja Jo 20.31