sexta-feira, 4 de maio de 2012

A Verdadeira Prosperidade só é possível com Jesus







banco de pilha branca




Qual é a verdadeira mensagem do Evangelho de Jesus Cristo? Se Ele tivesse vindo à terra nos dias de hoje, qual seria o conteúdo de suas pregações?

Nesta oportunidade nós vamos meditar no evangelho de  João 15:1-11


- Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.

2-Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.

 3-Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.

4-Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.

5-Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.

6-Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.

7-Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
8-Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.

 9-Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.

10-Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.


11-Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo.

       

Há duas linhas de pensamento totalmente equivocadas inseridas entre os evangélicos atuais: uma diz que ser próspero é ter dinheiro e saúde e a outra diz que se tudo estiver bem, alguma coisa está errada em sua vida espiritual;



         Aparentemente, existe base bíblica para sustentar essas duas crenças, porém isso seria contradição e, como bem sabemos, a Bíblia não se contradiz. Por isso é necessário examiná-la cuidadosamente para se chegar a um consenso equilibrado e aceitável de acordo com o caráter divino;


         O ser humano, como filho de Deus, necessita estar espiritualmente bem e, como homem, necessita também estar bem física e materialmente. Mas, uma coisa não tem necessariamente que atrapalhar ou ajudar a outra, pois o importante é entender que o Senhor trabalha de maneiras diferentes na vida de cada um;


         Jesus Cristo nos resgatou da vida de pecado, não pelo nosso merecimento, mas pela sua graça, para que tenhamos a oportunidade de sermos justificados para a salvação. Essa é a verdadeira prosperidade .


(Tt 3:3-7 - Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.



 4-Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens,

5-Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,
6-Que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador;
7-Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna.

I - A vida abundante consiste no equilíbrio
1. A matéria superestimada

         Superestimar a matéria sem dar importância às coisas espirituais são ensinamentos típicos do materialismo e do ateísmo;

         Através de várias experiências, e não somente pela Bíblia, o homem pode constatar que nada acontece naturalmente como se não dependesse de uma força sobrenatural, como prega a crença do evolucionismo;

         O ser humano não é cem por cento matéria e nem cem por cento espírito, mas sim um ser material e espiritual. Isso significa que embora estejamos vivendo num mundo físico e necessitemos de recursos materiais, nossa vida não se resume nisso que se vê, mas é formada, regida e destinada a um plano espiritual;

         A complexidade da natureza, tanto humana quanto vegetal, é uma grande prova da existência do sobrenatural, pois nada disso possui a capacidade de ter se formado sozinho sem a ação de um Criador;
         O intelecto do homem e as suas manifestações emotivas, que são fatores que definem sua capacidade e limitações, possuem um tão grande equilíbrio e domínio sobre o corpo que são, incontestavelmente, mais uma visível prova da necessidade da existência do Criador;

         Portanto, a verdadeira prosperidade consiste tanto no material quanto no espiritual. E isso não significa que haja perfeição em um sentido ou em outro, pois as limitações existem para nos manter dependentes de Deus;

         A confiança nos bens materiais provocam a queda, por isso devemos nos empenhar na busca e na prática da justiça divina, pois é ela que nos sustenta e nos renova a cada dia [Pv11:28 - Aquele que confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem.].


II - Corrigindo os erros acerca da pobreza
1. Pobreza e pecado

         Apesar de a pobreza ser uma conseqüência da desobediência do homem no jardim do Éden, ela não é um sinônimo de maldição ou de pecado. Muitos servos de Deus foram pobres e não estavam amaldiçoados e nem em pecado;

         A Palavra nos mostra que a pobreza, desde muito tempo atrás, é também uma conseqüência de vários fatores relacionados ao próprio homem como, por exemplo: invasões de nações inimigas, guerras, secas, colheitas arruinadas por pragas ou más condições climáticas, dívidas que resultavam em escravidão e até mesmo a preguiça.


 Hoje, apesar de alguns motivos serem diferentes, as razões são praticamente as mesmas e se resumem basicamente na má distribuição social de rendas e o desemprego, e na má administração pessoal e falta de estudos para se conseguir um salário melhor;

         A Igreja Primitiva resolveu essa questão realizando obras de assistência social entre seus membros, o que a nossa Igreja tem feito?
         Ajudar ao próximo é um ensinamento bíblico, o qual mostra que o amor não pode ser apenas na aparência, mas também prática [Tg 2:15,16 - E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, 16E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?.


Se todos dizem pregar o verdadeiro Evangelho, por que não ensinam o povo a agir e a orar como Jesus Cristo agia e orava?

2. A suposta extinção da pobreza.

         Os triunfalistas pregam que a pobreza é o resultado da falta de fé ou do pecado, como se eles tivessem uma fé inabalável, uma tremenda santidade e, em virtude dessas super qualidades, não passassem por nenhum problema na vida como doenças ou dificuldades financeiras;

         Dessa maneira, eles passam a impressão de que o servo de Deus só enfrenta dificuldades se quiser porque todas as bênçãos estão à sua disposição, mas com uma condição, é claro: fidelidade nos votos de sacrifício para abençoar seus ministérios;

                  A maioria dos profetas, discípulos e apóstolos não possuíam muitos bens materiais, alguns deles, inclusive, precisavam é de ajuda para se manterem, mas, por outro lado, abençoavam muita gente através de sua unção espiritual;

         Conforme aprendemos em 1Tm 6:9, os que buscam riquezas não resistem às tentações, são vítimas de armadilhas, se entregam aos desejos insanos e prejudiciais, e são afundados na desgraça e na destruição;

         As campanhas de prosperidade, de um modo geral, oferecem enriquecimento mágico , mas acabam mesmo é induzindo às pessoas à insensatez e à avareza;

         Não precisamos disso, pois em Hebreus 13:5 vemos que nossa prática de rotina diária deve ser sem avareza, acostumando-nos a nos contentarmos com o que temos, porque o Senhor Jesus disse que não nos deixará e nem nos desamparará;
         Sempre existiram e continuarão existindo os pobres no meio da Igreja. E é interessante ressaltar que, sendo um experiente homem de Deus, o apóstolo Paulo não fez nenhuma grande campanha espiritual para acabar com a pobreza, e sim envolvia as igrejas por onde passava em campanhas sociais para coletar ajuda material aos irmãos necessitados


[Rm 15:25-27 - Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos.



26-Porque pareceu bem à macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém.


 27-Isto lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais.


O pouco com Deus é muito; e o muito sem Deus é nada! Por isso devemos agradecer e adorá-lo em qualquer circunstância

III - A vida abundante não superestima o corpo nem nega a alma

1. A vida abundante é equilibrada

         Sabemos que realmente as situações vividas pelos personagens bíblicos ocorreram há muito tempo atrás, porém, sabemos também que Deus não mudou e que seus princípios de ação são os mesmos, ainda que aplicados de maneiras diferentes devido ao tempo em que vivemos.

 Então, sendo a validade de sua Palavra totalmente atual, temos que aceitar também tudo o que ela nos ensina a respeito de nossa postura em relação aos bens materiais;


         Em Provérbios 30:7-9, através da vida de Agur, Deus nos ensina que devemos aprender duas coisas: a nos afastar da vaidade juntamente com a mentira, e a não pedir pobreza e nem riqueza, mas sim apenas o que é necessário para a nossa sobrevivência, para que se tivermos muito não venhamos a nos considerar independentes do Senhor, ou que se tivermos pouco venhamos a viver desonestamente, desonrando e escandalizando o Evangelho porque somos publicamente conhecidos como cristãos;


         Ter uma vida abundante é conseguir viver da suficiência divina;

         O crente equilibrado não se entrega ao sofrimento em situações difíceis e nem se ensoberbece quando está na bonança.


(Fp 4:12)  Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.


O culto de adoração ao corpo traz sérias conseqüências ao ser humano; a vaidade e a auto-estima elevada, através de um excessivo cuidado com a saúde física podem ocasionar sérias doenças e destruir aquilo que, de acordo com a Bíblia, é o templo do Espírito Santo



2. Bem-estar físico e emocional

         A busca obsessiva pela saúde física e sentimental tem se tornado uma das maiores doenças entre os crentes no mundo atual;


         Cuidar do corpo realmente é um mandamento da mordomia cristã, mas literalmente adorar sua estrutura física e encarar qualquer tipo de doença como uma maldição inaceitável, é idolatria a si mesmo e consiste em pecado contra Deus;



         É claro que devemos nos cuidar para não sermos vítimas de um enfarte ou parada cardíaca, mas queimar umas gordurinhas não pode ser considerado mais importante do que queimar as imundícies que muitas vezes invadem a nossa alma;



         O cuidado excessivo do corpo prejudica a mente e, ironicamente, produz mais doenças como por exemplo: muitas modelos escravas do mundo da moda reduzem a alimentação e acabam sendo vítimas da anorexia, e homens presos a um tolo sonho de obter exagerada força física, acabam abusando do usos de anabolizantes e outras drogas para aumentar a massa muscular e abreviam sua vida tendo uma horrível aparência de pele flácida e inúmeras doenças que causam debilitações;



         A Bíblia nos ensina em 2 Co 5:1 que esse corpo um dia será desfeito, ou seja: que a qualquer momento morreremos, por isso o mais importante é cuidarmos de nossa saúde espiritual porque temos a promessa de um corpo celestial que viverá eternamente;



         Por mais que seja importante cuidar da saúde física e orar pedindo cura, a nossa maior preocupação tem que ser com o bem-estar espiritual [2 Co 5:2 - E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu;


O que realmente devemos exercitar é a nossa saúde espiritual, porque somente assim teremos força e disposição para continuarmos trabalhando para o Senhor e caminhando rumo ao Reino celestial


3. O bem-estar espiritual

         Os fantasiosos pregadores da prosperidade espalharam a idéia de que o bem-estar físico se reflete no bem-estar-espiritual, levando a entender que doenças são obrigatoriamente resultados do pecado ou da falta de fé;


         Mas em Salmos 34:19 está escrito que muitas são as aflições do justo e que o Senhor nos livra de todas. Isso significa que mesmo tendo o livramento divino, não deixaremos de passar pelas aflições.


Pois quando a Palavra nos diz que tudo podemos naquEle que nos fortalece, ela expressa esse fortalecimento com uma idéia de força e consolo para suportar as dificuldades e não de capacidade para viver sem ela;


         Homens de Deus como o patriarca Jó e o apóstolo Paulo sofreram muito, mas eles, como também os outros que passaram por grandes aflições, não estavam em pecado e nem lhes faltava fé;


         Em todos esses casos, o sofrimento serviu para que eles viessem a conhecer mais a Deus e serem lapidados por Ele.

No entanto, a Bíblia não diz também que temos obrigatoriamente que passar por grandes dificuldades para termos uma elevada vida espiritual ou a salvação, mas ela mostra que o Senhor age de diferentes formas na vida de cada um, de acordo com o seu propósito e também conforme a nossa obediência;


         Ter fé não é ter um corpo perfeito, mas sim ter a esperança de deixá-lo para ir morar no céu


(2 Co 5:7,8 ) Porque andamos por fé, e não por vista.


 8-Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor.


Somente aqueles que estão fortificados na graça é que sabem o que realmente significa ser próspero

·         A verdadeira prosperidade está muito acima da aquisição  de muitos bens materiais ou saúde perfeita;


·         Ela depende totalmente de uma íntima comunhão obtida através da obediência ao Pai Celestial;
·         Ele jamais nos abandonará, temos a grande promessa de que não ficaremos órfãos;
·         Somente em Jesus temos a verdadeira prosperidade, e é nEle que devemos buscar forças para vencermos tanto espiritual quanto materialmente [2Tm 2:1 - Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus.



    A vida abundante não consiste em negar as adversidades, mas em fazer da suficiência em Cristo a nossa confiança, quer em meio à alegria, quer em meio à tristeza.
   

quinta-feira, 3 de maio de 2012

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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Conhecendo a verdade sobre “As Testemunhas de Jeová”






Por: Jânio Santos de Oliveira





Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara




- Duque de Caxias - RJ




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“Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis” (2 Jo 10).

Fp 3.17-21.

17 - Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.

18 - Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.

19 - O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.

20 - Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,

21 - que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.

A Sociedade Torre de Vigia, organização das Testemunhas de Jeová, foi fundada em 1884, por Charles Taze Russell (1852-1916). Russell nasceu em 16 de fevereiro de 1852, na cidade de Pitsburgo, EUA. Era filho dos presbiterianos Joseph L. Russell e Anna Eliza Russell. Embora fosse educado no presbiterianismo, filiou-se ao adventismo, pois não concordava com as doutrinas do castigo eterno ensinados pela denominação. Após longas controvérsias concernentes ao objetivo e modo da vinda de Cristo, rompeu com os adventistas e lançou as bases do jeovismo em 1872.

No entanto, em 1876 aliou-se a Nelson H. Barbour, dissidente do Adventismo do Sétimo Dia e, a partir de então, Russell e Barbour formaram paulatinamente as bases dos ensinos heréticos dos jeovistas, fundamentados em falsas interpretações concernente a segunda vinda de Cristo e o fim dos tempos.

Após romper com Barbour por divergências doutrinárias, Russel difundiu suas idéias na revista Torre de Vigia de Sião (A Sentinela) e na obra Aurora do Milênio ou Estudos das Escrituras, como hoje é conhecida. Charles T. Russell faleceu e Joseph Franklyn Rutherford o sucedeu de 1917 a 1942.

A Sociedade Torre de Vigia é a organização das Testemunhas de Jeová, cujo movimento é hostil a todos os ramos do cristianismo. Suas crenças e práticas são contrárias à Bíblia Sagrada. A fim de simplificar suas crenças, eles colocam um “não” diante de tudo aquilo que a Palavra de Deus ensina.

I. ORIGEM DO MOVIMENTO

1. Sob a égide da falsa profecia. Charles T. Russell registrou a Sociedade Torre de Vigia em 1884, mas já pregava suas idéias desde 1872, na Pensilvânia, EUA. Tendo como hábito marcar a data do retorno de Cristo, profetizou o evento para 1914. Em seguida, mudou a data para 1915.

Ele morreu em 1916, e seu sucessor, Joseph F. Rutherford, continuou com as mesmas profecias, remarcando as datas da volta de Cristo para 1918, 1920, 1925 e 1942, ano em que faleceu. Seu sucessor, Nathan H. Knorr, anunciou uma nova data para o ano de 1975.

2. A falta de idoneidade espiritual. Russell colocava seus escritos no mesmo nível de autoridade da Bíblia. Seus sucessores não são diferentes. Consideram-se o único canal de comunicação entre Jeová e o homem. No entanto, os fatos eliminam, por si só, tais pretensões.

Sua própria história registra que nenhuma de suas profecias cumpriu-se, mostrando claramente que tal movimento não passa de uma organização de falsos profetas (Dt 18.20-22). Além do mais, Jesus afirmou que não compete aos homens saber a data de sua vinda (Mt 24.36; Mc 13.32; At 1.6).



1. Seu erro sobre Deus. A organização apresenta-se como monoteísta, mas se contradiz quando afirma que Jesus é apenas “um deus” poderoso e não o Deus Jeová Todo-Poderoso. Assim, admite seguir a dois deuses. Na sua teologia, Jeová não é onipresente nem onisciente; por isso não pode prever o futuro.

2. O Deus Jeová revelado na Bíblia. Essas crenças são antibíblicas, pois a Bíblia ensina que Jesus é Deus igual ao Pai (Jo 10.30-33), realçando assim o verdadeiro monoteísmo (Mc 12.29-31; 1 Co 8.6). O Deus Jeová de Israel está presente em toda a parte: é onipresente (Jr 23.23,24); onisciente, Ele sabe todas as coisas (Sl 139.1-4). Portanto, conhece o futuro (Is 46.9,10).

3. Seu erro sobre a Trindade. Negando a doutrina da Trindade, afirmam ora que somos triteístas, ora que somos unicistas. Triteísmo é a crença em três deuses; e o unicismo ensina que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma só pessoa. A diferença é que, na Trindade, Jesus é Deus; e, no unicismo, Deus é Jesus.

4. A Trindade Bíblica. A Trindade é a união de três Pessoas distintas em uma só Divindade, e não em uma só Pessoa. Nós não separamos a substância (Jo 10.30) e nem confundimos as Pessoas (Mt 3.16,17); por isso cremos em um só Deus eternamente subsistente em três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19).

5. Seu erro sobre Jesus Cristo. A referida organização acredita que o Jesus de Nazaré pregado por nós já não existe mais e que, durante seu ministério terreno, não passava de um homem perfeito enviado por Jeová. Negando, porém, a sua divindade e ressurreição corporal, compara-o a Satanás, afirmando que Ele é o mesmo Abadom de Apocalipse 9.11. De forma absurda, ensinam que só depois do seu batismo no Jordão, é que Jesus tornou-se Cristo.

6. O Jesus bíblico. A Bíblia ensina que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem (Jo 1.1,14). Ele é incomparável e criador de tudo quanto existe (Ef 1.21; Cl 1.16) e já nasceu como o Cristo de Deus (Lc 2.11).

O destruidor é o diabo. Mas Jesus veio para trazer-nos vida (Jo 10.10). Sua ressurreição foi corporal (Lc 24.39; Jo 2.21). Jesus de Nazaré continua vivo; foi em seu nome que o coxo foi curado (At 3.6).

7. Seu erro sobre o Espírito Santo. A organização nega a divindade e a personalidade do Espírito Santo. Ensina ser o Espírito Santo a força ativa de Jeová. A Bíblia, porém, afirma que Ele é Deus (At 5.3,4) igual ao Pai e ao Filho (Mt 28.19).

A Palavra de Deus evidencia que o Espírito Santo é uma pessoa e possui as faculdades da personalidade: intelecto, vontade e emoção (1 Co 2.10; 12.11; Ef 4.30).

III. SOBRE O HOMEM E SEU DESTINO

1. Seu erro sobre a alma. À semelhança dos adventistas do sétimo dia, as Testemunhas de Jeová negam a sobrevivência da alma após a morte; acreditam ser a morte o término de tudo. Declaram que os mortos estão em estado de inconsciência. Apenas as pessoas bondosas serão ressuscitadas por Jeová. Essa doutrina é falsa.

2. A alma na Bíblia. A Bíblia ensina que a alma sobrevive à morte (Mt 10.28; Ap 6.9,10). Há inúmeras passagens para sustentar essa verdade. O Rico e Lázaro (Lc 16.19-31) é um exemplo clássico dessa verdade bíblica.

3. Seu erro sobre a salvação. A Torre de Vigia não considera seus adeptos filhos de Deus, nem tem a Jesus como seu mediador. A salvação é um alvo a ser cumprido. As Testemunhas de Jeová acreditam que o único caminho para a salvação é a sua organização religiosa.

Jesus seria mediador apenas dos 144.000, e somente estes são filhos de Deus. Pregam, de casa em casa, uma religião cujo ensino não os qualifica como “filhos de Deus”. Não é novidade esses adeptos não serem filhos de Deus; o intrigante é que eles mesmos o admitem.

4. A salvação bíblica. Todos os que recebem a Jesus tornam-se filhos de Deus (Jo 1.12) e não apenas 144.000. A salvação não é algo para o futuro. Jesus prometeu: “quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna” (Jo 5.24). O verbo grego usado, aqui, está no presente “tem”, e não, “terá”.

O único caminho para a salvação é Jesus (Jo 14.6) e não uma organização religiosa. Jesus é o único “mediador entre Deus e os homens” (1 Tm 2.5), e não apenas de um grupo de 144.000 pessoas.

5. Sobre o inferno de fogo. Negam a existência do inferno de fogo e afirmam que a palavra hebraica Sheol e a grega Hades, usadas para “inferno”, na Bíblia, indicam a sepultura comum da humanidade. Por isso, ensinam que o inferno é um estado e não um lugar.

Trata-se de uma tentativa de escapar do inferno, eliminando-o da Bíblia, ou negando-o, ao invés de buscar refúgio em Jesus, nosso Salvador (Rm 8.1).

6. A doutrina do inferno ardente à luz da Bíblia. Os argumentos da Torre de Vigia são falaciosos, pois Sheol ou Hades, é o lugar onde os mortos incrédulos permanecerão, em estado de consciência, até o dia do juízo final (Lc 16.23,24,27,28; Ap 20.13).

O inferno propriamente dito é o lago de fogo tipificado pela Geena, também usada para “inferno” (Ap 19.20; 20.10).

Há várias palavras e expressões na Bíblia para designar o inferno como lugar de suplício eterno, tais como “fornalha de fogo”, “fogo eterno”, “tormento eterno” (Mt 13.49,50; 25.41,46).

IV. SUAS SUTILEZAS

1. A Tradução do Novo Mundo. A organização procura fazer com que suas crenças pareçam bíblicas; para isso, produziram sua própria Bíblia — a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Tradução falsa, viciada, tendenciosa e cheia de interpolação. Substitui “Espírito de Deus”, em Gênesis 1.2, por “força ativa de Deus”.

Agora, as Testemunhas de Jeová não precisam mais torcer a Palavra de Deus; seus teólogos já o fizeram por elas. Colocaram, também, o nome “Jeová” 227 vezes no Novo Testamento, ao passo que não aparece, uma vez sequer, nos manuscritos originais. Substituíram “cruz” por “estaca” e falsificaram João 1.1: “e o Verbo era Deus”, traduzindo por “e a Palavra era um deus”.

2. A Sentinela. Quando uma Testemunha de Jeová bate à porta de alguém, oferecendo um curso bíblico, está, na verdade, convidando-o para estudar a revista A Sentinela, começando pelo seu manual de ingresso Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna. Durante o curso, a pessoa é persuadida a acreditar em crenças que são condenadas pela Bíblia.

Devemos ser educados quando uma Testemunha de Jeová bater à nossa porta. Todavia, não devemos compartilhar de suas crenças (2 Jo 10,11). Quando falamos que temos provas de suas falsas profecias, dificilmente se interessam pelo diálogo.

Também ficam numa situação desconfortável ao indagarmos se eles são filhos de Deus, ou se Jesus é Deus falso ou verdadeiro.

Perguntas como essas podem abalar a convicção das Testemunhas de Jeová.

Não há uma Testemunha de Jeová sequer, no mundo, que haja se convertido a esse movimento pela leitura da Bíblia.

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QUEM É A PEDRA DE MATEUS 16.18?





Por: Jânio Santos de Oliveira




Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara






- Duque de Caxias - RJ




janio-estudosteolgicos.blogspot.com


 

Vamos analisar o texto de Mateus 16:15-19:

"15 Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou?

16 Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.

17 Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.

18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; 19 dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus."

Estas palavras foram pronunciadas por Jesus quando Ele e os discípulos estavam caminhando para Cesaréia de Filipe, logo após a Sua pergunta: "Quem diz o povo ser o Filho do homem?"( Mt 16.13).

Após várias respostas, Pedro falou: "Tu és o Cristo, e Filho do Deus vivo." Mat. 16:16.
Após esta afirmação de Pedro, se seguiram as célebres palavras de Mat. 16:18:
"Tu és Pedro (em grego pétros) e sobre esta pedra (pétra) ...".

Várias interpretações tem sido dadas a esta declaração, das quais três se destacam:

A Pedra sobre a qual se construiria a Igreja de Deus é o próprio Cristo;

A pedra é Pedro;

A pedra é a confissão que Pedro fizera de Cristo.

Qual seria a interpretação correta?

Quanto ao processo de interpretação de textos difíceis, duas regras básicas têm sido adoptadas pelos estudiosos sérios da Bíblia.

Eu destaco duas:

"Se há passagens obscuras, estas se explicam pelas que são mais claras, de tal sorte que a Escritura se explica pela própria Escritura."

Orígenes diz que o texto deve ser interpretado através do conjunto das Escrituras e nunca através de textos isolados.

I. PRIMEIRA INTERPRETAÇÃO: A PEDRA É CRISTO.

CRISTO - ÚNICO FUNDAMENTO

De que pedra se trata em Mateus 16:18: "... sobre esta pedra edificarei a minha igreja..."? Alguns há que têm sugerido que a pedra, ou fundamento desta estrutura espiritual, era o apóstolo Pedro, aquele que tinha uma autoridade especial e que possuía as chaves do reino dos céus.

Mas é singularmente espantoso que uma coisa de tão magna amplitude, construída pelo próprio Cristo, assente sobre um homem mortal e falível. Haveria certamente, grande incerteza se a Igreja do Deus vivo assentasse sobre um homem, a quem Cristo havia de dizer pouco depois: "Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens." (v. 23).

A pedra não é outro senão o próprio Filho de Deus, precedentemente confessado pelo apóstolo. Em sua primeira epístola, o apóstolo Pedro refere-se justamente a esta circunstância e recorda aos crentes que eles se aproximaram do Senhor, "pedra viva" ( 2:4 5).

É preciso ler também muito atentamente a 1 Co 3:11: "Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo."

Assim, pois, Jesus é o fundamento, deste edifício, e os verdadeiros crentes são pedras vivas, edificadas para formarem um casa espiritual (1 de Pe 2:5).

Que encorajamento para os nossos corações o sabermos que, apesar de todos os esforços e intentos do Inimigo, "as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt l6:18) ! A Igreja do Deus vivo assenta sobre uma Pessoa divina e tira o seu carácter dessa mesma Pessoa; é, pois, tão sólida corno o próprio fundamento.

É verdade que no que concerne ao testemunho da Igreja face a este mundo temos de baixar a cabeça em sinal de humilhação Mas quanto ao seu lugar perante Deus e a sua constituição espiritual, a Igreja é o fruto do trabalho do eterno Filho de Deus e é sustida por Ele mesmo.

É completa e perfeita, pois que provém de Deus. Nenhuma táctica e nenhum esforço dos poderes da maldade prevalecerão sobre esta Igreja.

A Igreja não é uma continuação do que encontramos no Antigo Testamento. No momento em que o Senhor falava a Pedro, dizia: Eu edificarei a minha Igreja."

Esta declaração está no futuro. Assim, a Igreja começou no dia de Pentecostes, após a morte, a ressurreição e a glorificação do Senhor Jesus.

Aquando desta ocasião especial, o Espírito de Deus, vindo habitar sobre a Terra, forma a Igreja num corpo "espiritual" e une este corpo à Cabeça glorificada na presença de Deus.

As três principais características da presente dispensação são as seguintes: Há um Homem na glória de Deus (o Homem Cristo Jesus), uma Pessoa divina sobre a Terra (o Espírito de Deus), e uma nova companhia de remidos, unidos ao seu Chefe.

A igreja tem uma origem e um destino celestes; além disso, o seu Chefe é celestial. Nos desígnios de Deus, esta posição celeste da Igreja está em contraste com o lugar atribuído a Israel, o povo terrestre de Deus. E não esqueçamos nunca a Pessoa maravilhosa sobre a qual assenta a Igreja de Deus -o Cristo, o Filho do Deus vivo.

Este é eterno, imutável e divino. O Senhor Jesus é certamente digno de todo o nosso respeito e da nossa inteira adoração.

"Assim que, já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual, todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós, juntamente, sois edificados para morada de Deus em Espírito." (Ef 2:19-22).

Os judeus achavam um escândalo o Messias morrer na cruz, já que O esperavam para sentar-Se no trono de Davi).

E o mais importante:

Efésios 2:20; 11:22; 5:23: "...Jesus Cristo é a principal Pedra de esquina... cabeça da igreja".

Em toda a Bíblia, a Pedra é identificado indubitavelmente a JESUS CRISTO, a Rocha Eterna:

Números 20:11: "...Moisés levantou a mão, e feriu a Rocha duas vezes..."

I Coríntios 10:4: "E beberam... da Pedra espiritual... e a Pedra era Cristo."

o Dt 32:4: "Ele [Jesus] é a Rocha, cuja obra é perfeita..."

o Sl 18:2: "O Senhor é a minha Rocha..."

o Sl 19:14: "...Senhor, Rocha minha e libertador meu!"

o Sl 28:1: "A Ti clamarei, é Senhor, Rocha minha..."

o Sl 89:26: "...a Rocha da minha salvação."

o Sl 95:1: "...a Rocha da nossa salvação."

o Sl 144:1: "Bendito seja o Senhor, minha Rocha..."

E o próprio Pedro confirmou que a Pedra é Cristo:

o I Pe 2:4: "...E chegando-vos para Ele [Jesus] – Pedra viva..."

I Pe 2:6-8: "Por isso, na Escritura se diz: Eis que ponho em Sião uma principal pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os descrentes, a pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal da esquina, e: Como uma pedra de tropeço e rocha de escândalo; porque tropeçam na palavra, sendo desobedientes..."

Paulo define a questão com estas palavras incisivas:

o I Co 3:11: "Porque ninguém pode por outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo."

Jesus Cristo mesmo interpretou ser Ele a "Pedra Angular" de qual falava o Velho Testamento:

o Mt 21:42-44: "Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; pelo Senhor foi feito isso, e é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto eu vos digo que vos será tirado o reino de Deus, e será dado a um povo que dê os seus frutos. E quem cair sobre esta pedra será despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó."

II. SEGUNDA INTERPRETAÇÃO: A PEDRA É PEDRO

"Esta tese é sustentada pela maioria dos comentadores católicos.

"Vincent, comentando Mateus 16:18 defende a idéia de que a Igreja foi construída sobre Pedro, desde que Cristo nesta passagem aparece não como a fundação, mas como o arquitecto.

"Provas bíblicas de que Pedro não foi escolhido como líder da Igreja, ou Superior Hierárquico dos Apóstolos:

a. Mt 23:8 e 10 nos ensina que Cristo não queria que nenhum deles fosse mestre ou guia, porque esta é uma prerrogativa divina.

b. Lucas nos relata (9:46; 22:24-30), que por duas vezes se levantou entre os discípulos o problema de quem entre eles tinha a primazia. Tal problema jamais se levantaria se Cristo tivesse estabelecido a Pedro como superior a eles.

c. Se Cristo tivesse indicado a Pedro como líder da Igreja, como o Papa, ele seria infalível em suas decisões, portanto jamais lhe aconteceria o que Lucas nos relata no seu evangelho capítulo 22:54-60 [a negação de Pedro].

d. Sendo Pedro o dirigente, seria a pessoa que enviaria outros, mas Lucas nos informa em At 8:14 que Pedro e João foram enviados pelos apóstolos.

e. Se fosse o superior hierárquico dos apóstolos, a argumentação que eles fizeram e a defesa de Pedro seriam inoportunas e sem fundamento, conforme o relato de Atos 11:1-18 [a pregação do evangelho aos não-judeus].

f. O primeiro concílio da igreja não foi convocado e dirigido por Pedro, mas por Tiago. O contexto apresentado pelo Dr. Lucas (At 15:13, 19) sugere que Tiago era o presidente.

g. Em At 15:22-29 há o relato de que a epístola enviada a Antioquia foi dirigida em nome dos apóstolos, dos presbíteros, e da igreja e não por Pedro.

h. Se Pedro fosse o líder, Paulo não poderia escrever o que se encontra em Gálatas 2:11-14, pois seria faltar à ética hierárquica. [11: Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe na cara, porque era repreensível.] A afirmação no verso 11 é bastante taxativa para desmoronar todo o falso edifício que o papado tem construído na base de Mateus 16:18 sobre o primado de Pedro.

i. I Coríntios 12:28. Se Pedro fosse o Papa, na enumeração dos ofícios da Igreja, Paulo não se esqueceria deste tão preeminente – o Vigário de Cristo [28 E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.]

j. Paulo afirma em Gálatas 2:9 que Tiago, Cefas (Pedro) e João eram considerados como colunas. Note-se que Tiago está em primeiro lugar."

Outras referências bíblicas que indicam que Pedro não tinha a primazia da Igreja Apostólica, como arroladas por Lourenço Gonzalez, ref. [2], p. 59: Se Pedro fosse o Papa:

Os discípulos não disputariam pela primeira posição entre si (Mt 23:8,10; Lc. 9:46; 22:24-30); Não seria o apóstolo da circuncisão [Ele achava que o Evangelho não deveria ser pregado aos não-judeus/incircuncisos) (Gl 2:8);

Como ficaria o seu casamento? (Mt. 8:14; Mr. 1:30; Lc. 4:38);
Não levaria a sua esposa nas suas viagens missionárias (I Co 9:5);
Não negaria a Jesus (Lc. 22:57), não mentiria ao ser identificado como apóstolo (Lc. 22:58), nem disfarçaria diante da verdade (Lc 22:60).

Enviaria outros apóstolos para Samaria em vez de ser enviado (At 8:14);
Não se justificaria perante a igreja, por ter baptizado Cornélio (At 11:1-11);

O primeiro Concílio Cristão, ocorrido em 52 d.C., seria presidido por ele e não por Tiago (At 15:13,19) e a Carta Oficial deste Concílio seria assinada por ele e não foi (At 15:22,23);

Paulo não o repreenderia publicamente se fosse ‘infalível’ 9 Gl 2:11-14);
Estaria na primeira posição e não na segunda, como coluna da igreja (Gl 2:9);

Por fim...

Uma passagem que se destaca pelo que ela não mostra, Apocalipse 21:14: "O muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro."

Ao descrever a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, João cita que viu escritos o seu nome e dos seus companheiros apóstolos nos fundamentos da cidade. Não há, porém, destaque de nenhum nome em especial, o que certamente ocorreria se um deles tivesse sido escolhido como fundamento da igreja.

A edificação da igreja do Senhor

III. A fundação da igreja

O apóstolo Pedro é um personagem interessante descrito nos evangelhos. Ele parece ter sido uma pessoa apaixonada, talvez até impetuosa (considere Jo 13:6-10; Mt 16:22-23).

Ele não parece ter sido uma “pedra” durante o ministério na terra, como sugere o seu apelido. Na noite da traição, Pedro afirmou firmemente a sua lealdade para com Jesus, porém poucas horas depois ele negou o seu Senhor três vezes, até usando linguagem forte neste processo (Mt 26:33-35, 69-75).

Alguns têm tomado o significado do nome de Pedro e ensinam que ele é a fundação da igreja do Senhor. Chegam a tal conclusão principalmente através de uma conversa entre o Senhor e Pedro em que Pedro identificou o Senhor e o Senhor prometeu estabelecer a sua igreja nesta “pedra” (Mt 16:16-19). O Senhor disse, “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:18).

Há vários problemas com esta interpretação destes versículos. Primeiro, as palavras gregas traduzidas como “Pedro” e “pedra” no versículo 18 são palavras diferentes; nem são do mesmo gênero! Depois Pedro descreveu Jesus como uma “pedra” (1 Pe 2:8), usando a mesma palavra traduzida “pedra” em Mt 16:18.

A “pedra” sobre a qual Jesus edificou a sua igreja é o fato da sua divindade, o fato destacado na confissão de Pedro (Mt 16:16).

Aqueles que obedecem ao evangelho devem confessar com a boca a sua fé em Jesus Cristo, como Filho de Deus (Rm 10:9-10; At 8:37). Esta fé serve como base da justificação do homem (Rm 1:16-17; 3:21-28).

Em Mateus 16:19, Jesus prometeu dar a Pedro as chaves do reino, sugerindo que o céu respeitaria qualquer coisa que o apóstolo ligasse ou desligasse. A Igreja Católica alega que esta passagem mostra a superioridade de Pedro, mas esta mesma promessa foi dada por Jesus a todos os apóstolos em Mateus 18:18 (o objeto em 16:19 é “te”, mas em 18:18 é “vos”). Não foi dada a Pedro nenhuma autoridade especial nesta passagem além daquela que todos os apóstolos exerceriam.

“Apascenta as minhas ovelhas” foram as palavras que Jesus disse a Pedro depois de sua ressurreição (Jo 21:17).

Isto não significa que Pedro foi encarregado com uma responsabilidade diferente de todos os outros apóstolos? Certamente não.

Todos os apóstolos deveriam ser guiados pelo Espírito Santo em toda a verdade (Jo 16:13), mas o Senhor falou especificamente a Pedro nesta ocasião por causa das negações do apóstolo mencionadas anteriormente neste artigo.

Pedro negou o Senhor três vezes; Jesus lhe deu a oportunidade de reafirmar o seu amor por seu Professor três vezes.

Em Mateus 18:1, os discípulos perguntaram a Jesus: “Quem é, porventura, o maior nos reinos dos céus?”. Que oportunidade maravilhosa para o Senhor reafirmar a superioridade de Pedro, se Pedro fosse assegurar a posição especial que lhe foi atribuída, depois, pela Igreja Católica! Jesus não disse nada disso!

IV. TERCEIRA INTERPRETAÇÃO: A PEDRA SERIA A CONFISSÃO DE PEDRO. 

"Crisóstomo (350-407 AD) afirmou que a igreja foi construída sobre a confissão de Pedro. Outros Pais da Igreja e reformadores como Lutero, Huss, Zwínglio e Melanchton defendem a mesma ideia.

"Os fatos parecem indicar que esta não é a melhor interpretação, desde que a Igreja não é construída sobre confissões, mas sobre os que fazem a confissão, isto é, sobre seres vivos: Cristo, os Apóstolos e os que aceitam a Cristo como Seu Salvador. As passagens de Ef 2:20 e I Pe 2:4-8 confirmam as declarações anteriores."

PÉTROS E PÉTRA

"Dicionário e Comentários nos comprovam que Pedro, em grego ‘Pétros’ dignifica um fragmento de pedra, pedra movediça, lasca da rocha; enquanto pedra, no grego ‘Pétra’ significa rocha, massa sólida de pedra.

"Alguns comentaristas asseveram que o Espírito Santo orientou o apóstolo, ao redigir esta passagem para empregar duas palavras, em grego, para evitar a idéia de que Pedro fosse a pedra.

"Desta sucinta explicação se conclui que Pétros não é um símbolo apropriado para um fundamento, um edifício, mas que Pétra – rocha é um símbolo muito próprio para o fundamento estável e permanente da Igreja.

V. QUE SIGNIFICAM AS CHAVES (Em Mt 16.19)?

"As chaves, que abrem e fecham a Casa de Deus, ligam os homens à Igreja, ou dela os desligam, são os princípios dos Evangelhos, as condições da Salvação, aceitas ou rejeitadas pelos homens. Pedro abriu, com a chave da Palavra de Deus, as portas do Reino dos Céus a três mil pessoas que se converteram.( A t 2:14-41).

Este privilégio não foi apenas concedido a Pedro, mas a todos os discípulos. ( Mt 18.18)

"Quando uma pessoa completava satisfatoriamente um curso de estudos com um rabi judeu, era costume receber ela uma chave, significando que se havia tornado bem versada na doutrina e que estava agora habilitada para abrir os segredos das coisas de Deus. As palavras de Cristo se referem a este costume.

"’As chaves simbolizam a autoridade que Jesus confiou a Sua igreja para agir em Seu nome. Especificamente elas indicam as Escrituras onde Deus expõe o plano da salvação. A autoridade não é baseada numa escritura de igreja como tal, mas nas Escrituras.’

Após tratamento espírita, câncer de Lula supostamente desaparece




Por: Jânio Santos de Oliveira



Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara


- Duque de Caxias - RJ



http://pofjanioopinasobreapolitica.blogspot.com



 





Veja só o que foi divulgado na mídia recentemente sobre o Ex Presidente Lula:

 O ex-presidente comemora agradecendo a todos que torceram por sua melhora

O boletim médico divulgado nesta quarta-feira (28) informa que o câncer que estava na laringe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 66 anos, desapareceu.

Os médicos do hospital Sírio Libanês, em São Paulo, não falam a palavra “cura”, pois Lula ficará sendo observado durante cinco anos para não ter dúvidas de que a doença foi vencida.

Assim que descobriu que estava com câncer o ex-presidente passou por tratamentos de quimioterapia e também por um tratamento espiritual segundo rituais espiritualistas, tanto que o médium João de Deus acompanhou esse processo ao lado de Lula.

Lula procura ajuda de médium para se curar do câncer

O ex-presidente não é o primeiro a recorrer às cirurgias espirituais, o ator Reinaldo Gianecchini também procurar ajuda espiritual

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu ao auxílio de um médium para tentar se curar do câncer descoberto em sua laringe. No começo de janeiro Lula vai passar por sessões de radioterapia para tentar reduzir pelo menos 75% do tumor.

A doença foi descoberta no final de outubro, e um boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, informou que o tumor maligno na laringe do ex-presidente seria inicialmente tratado por quimioterapia.

Os principais fatores para esse tipo de câncer são o tabagismo e o consumo de álcool. Lula descobriu a enfermidade depois de se queixar de dores na garganta e realizar exames para saber a origem dessas dores.

Ele não é o primeiro a recorrer à ajuda de médiuns para tentar se livrar da doença, o ator Reinaldo Gianecchini também procurou um médium que chegou até mesmo a visitá-lo no hospital.

O ator global descobriu em agosto que também tem câncer e além do tratamento médico recorreu à ajuda espiritual.

Mesmo negando ter poderes, o médium confirmou que orava por Lula e se declarava apenas um “amigo” do ex-presidente. “Meu trabalho é orar. Não curo ninguém. Quem cura é Deus”, declarou João de Deus para o jornal O Estado de São Paulo no começo deste ano.

Em um vídeo gravado nesta quinta Lula agradece a todos que torceram por sua saúde e especialmente à sua esposa, Marisa, e atual presidente Dilma Rousseff que também já tratou dessa doença.

No encerramento Lula faz um agradecimento especial: “Obrigado meu Deus por mais uma vez atender a esse humilde brasileiro que tanto tem fé em Deus”.

 Fonte: noticias.gospel

Acompanhe comigo esta outra matéria, agora do Julio Severo:

 Câncer de Lula está sob cuidados de médium

João de Deus , 69, é o médium que está cuidando de Luiz Inácio Lula da Silva, 66, que sofre de um câncer na laringe. O médium tem viajado a São Paulo para realizar operações espirituais no ex-presidente da República e acompanhar a sua recuperação.

 Médium de Lula: Lula será curado e será presidente de novo

“Não vou falar dele [Lula]. Já viu médico falando de paciente?”, disse João de Deus à Istoé desta semana, que dedicou uma longa reportagem sobre o médium.

Ele apenas disse que Lula vai se curar e voltará a ser presidente.

Na medicina convencional, o ex-presidente está sendo tratado por médicos do Hospital Sírio-Libanês, um dos melhores do país e mais caro. Ele já foi submetido a três sessões de quimioterapia e atualmente encontra-se recebendo aplicações de radioterapia.

João de Deus já teve outros pacientes famosos, como a atriz Shirley MacLaine e a apresentadora Xuxa.

Quanto a Lula, no seu câncer ele prefere recorrer a tudo e qualquer coisa, menos o SUS.

Esse não é o primeiro contato dele com médiuns e pais-de-santo. Embora se considere católico, em visita à África antes da eleição presidencial em 2006, Lula teve uma forte experiência espiritual em Benin, país que é berço do vudu.

Ao som de tambores africanos, de acordo com o jornal O Globo, Lula “passou a tarde toda sendo reverenciado com orações e danças feitas por feiticeiros vudus, líderes tribais e pelos descendentes de escravos brasileiros que formam uma espécie de colônia em Ouidá, nos arredores de Cotonou, capital do paupérrimo Benin”.

Os feiticeiros garantiram que Lula ganhou em Benin três fortes espíritos para o “ajudarem”.
Artigo de Julio Severo.

Observe que o médium disse: Ele apenas disse que Lula vai se curar e voltará a ser presidente.

Todos esses videntes que vaticinam o futuro estão se esquecendo de combinar com o Senhor.

Ou melhor, estão perdendo uma grande oportunidade de permanecerem calados; pois, quem muito fala, muito erra e da multidão de palavras há vaidade.

Deus está cobrando severamente da maioria dos líderes ditadores travestidos de democratas. O exemplo de Getúlio Vargas Eles sempre usa o povo como massa de manobra criando leis que os beneficiam para se perpetuar no poder.

Tais líderes não aceitam a alternância do poder no regime democrático. Porém se estes homens não glorificarem a Deus tentando furtar o que não lhe é devido, a exemplo de Herodes vai ser comido de bicho por não glorificar a Deus.

 O SENHOR O FERIU POR NÃO HAVER DADO GLÓRIA A DEUS At 12:18-25

"... a minha glória, pois, não darei a outrem, nem o meu louvor às imagens de escultura" (Is 42:8). O Senhor Jeová é cioso da Sua glória, por isso, quem tentar tomá-la será objeto de duro juízo.

Foi o que aconteceu com Herodes. Naquele dia tomou as suas vestes reais, assentou-se no seu trono e fez uma prédica de auto-elogio dos seus poderes, da sua riqueza (que não era dele), da sua glória (que tinha usurpado).

Foi de tal maneira arrogante e auto - elogioso que o povo ( a quem tinham feito uma lavagem ao cérebro) dizia: - "... voz de Deus e não de homens..."

Herodes aceitou estar em lugar de Deus, aceitou usurpar a glória que só pertencia a Deus, por isso, "naquele mesmo instante, Deus o feriu de morte e, comido de bichos, expirou..."

Herodes morria "comido de bichos", mas a Palavra de Deus crescia e se multiplicava (At 12:24).

Ninguém pode parar a força do querer de Deus. Nem Herodes, nem César, de Roma, nem Hitler, nem a União das Nações, nem o gnosticismo, nem o Romanismo ou a Nova Era.

Todos perecerão com as suas filosofias e tratados, mas a Palavra do Senhor permanecerá para sempre.

Deus visita a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração, mas a Sua glória não dará a outrem.

Por favor, não luteis contra Deus (At 5:39), dai de mão aos vossos desejos de auto-glorificação e justificação. e dai glória a Deus, porque dele é o reino, o poder e a glória para sempre (Mt 6:13).

Sujeitai-vos, pois, a Deus, porque Ele resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes; senti as vossas misérias e lamentai, chorai e humilhai-vos debaixo da potente mão de Deus e, em seu tempo, Ele vos exaltará (Tg 4:6-10).

Que Deus nos abençoe, amém!

Asafe entra no Santuário e vê o fim da falsa teologia da prosperidade



Por: Jânio Santos de Oliveira


Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara



 - Duque de Caxias - RJ


janio-estudosteolgicos.blogspot.com


 




Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

(Sl 73.1-3,5,16-20,26-28).

1 - Verdadeiramente, bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração.

2 - Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos.

3 - Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios.

5 - Não se acham em trabalhos como outra gente, nem são afligidos como outros homens.

16 - Quando pensava em compreender isto, fiquei sobremodo perturbado;

17 - até que entrei no santuário de Deus; então, entendi eu o fim deles.

18 - Certamente, tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição.

19 - Como caem na desolação, quase num momento! Ficam totalmente consumidos de terrores.

20 - Como faz com um sonho o que acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás a aparência deles.

26 - A minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração e a minha porção para sempre.

27 - Pois eis que os que se alongam de ti perecerão; tu tens destruído todos aqueles que, apostatando se desviam de ti.

28 - Mas, para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no SENHOR Deus, para anunciar todas as tuas obras.

A verdadeira prosperidade consiste em ter a Deus como o nosso Supremo Bem, como nosso Criador, Salvador e Senhor.

Observe o que a Palavra de Deus diz sobre a falsa prosperidade em detrimento às riquezas espirituais:

(Mc 4.18,19)

1. O perigo das riquezas materiais

(1 Tm 6.9-11)

2. A armadilha das riquezas materiais

(1 Tm 6.17-19)

3. Como deve o rico proceder

(Rm 9.22-24)

4. A glória das riquezas espirituais

(Ef 1.7-10)

5. A graça das riquezas espirituais

(Ef 3.16-18)

6. As insondáveis riquezas espirituais


No Antigo Testamento a palavra hebraica para prosperidade é tsālēach. Esse termo é usado em relação ao sucesso que o Eterno deu a José (Gn 39.2,3,33) e a Uzias (2 Cr 26.5). 


O vocábulo significa “ter sucesso”, “dar bom resultado”, “experimentar abundância” e “fecundidade”.

No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou espiritual e resultado da obediência, temor e reverência do homem a Deus.

Prosperidade: Estado daquele que é próspero, bem sucedido, feliz ou afortunado.

O que se apregoa hoje em muitos púlpitos sobre as riquezas materiais nada tem a ver com os ensinamentos bíblicos acerca do tema.

Não obstante haver riquezas legítimas e honestas (Pv 13.11b; Sl 112.1-3; Ec 5.19), há também as fraudulentas e desonestas (Pv 16.8b; Jr 17.11; Tg 5.1-3).

Afinal, o que é a verdadeira prosperidade?

I. PORQUE OS ÍMPIOS PROSPERAM

1. A decepção de Asafe. O Salmo 73 retrata com fidelidade a forma como muitos de nós nos portamos ao ver a prosperidade dos ímpios, enquanto no meio cristão muitos têm de lutar de sol a sol para ganhar o pão de cada dia (Mt 6.11).

Ficamos decepcionados, melindrados, a ponto de quase esfriarmos na fé (vv.2,16).

Isso porque na maioria dos casos nossa expectativa quanto à prosperidade não é fruto de um desejo legítimo, mas da cobiça daquilo que os outros possuem (v.3; Gl 5.26; Tg 3.14-16).

Asafe sentiu na própria carne a inveja de ver a prosperidade dos ímpios a ponto de os seus pés quase se resvalarem no abismo da incredulidade.

“Pouco faltou”, escreveu ele no v.2.

Ele ficou perplexo ao considerar essa prosperidade dos pecadores uma “injustiça” contra os filhos de Deus.

2. O questionamento de Asafe.

Asafe produziu suas justificativas, como sempre fazemos em nossos próprios arrazoados.

Para o salmista, tais indivíduos não tinham apertos em sua morte (Sl 73.4), não eram afligidos pela necessidade do trabalho de cada dia ou por qualquer outra circunstância.

Viviam cercados de segurança, desfrutavam da abundância de seus bens, mas não obstante serem pessoas violentas, presunçosas, em cujo coração maquinavam sempre o mal (vv.4-16; Lc 12.15-21).

Lembremo-nos a princípio que o ímpio tem a riqueza como um fim em si mesmo e não como um meio, como deve ser (1 Tm 6.17-19).

3. A descoberta de Asafe.

Asafe não permaneceu na sua angústia, nem na murmuração. É tanto que, antes de descrever seus sentimentos negativos sobre a prosperidade dos ímpios, fez uma impactante declaração: “Verdadeiramente, bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração” (v.1).

Em outras palavras, eleja obtivera a resposta para as suas dúvidas e o que agora expunha eram as reflexões do seu passado, consoante à forma verbal pretérita que aparece no (v.3): “eu tinha”.

Assim, quando Asafe entra no santuário de Deus, o soberano Rei da Glória, os fatos se esclarecem (v.17).

Ele percebe a transitoriedade da vida e Deus lhe traz à memória que os ímpios vivem em lugares escorregadios, são, eventualmente, tomados pelo pânico, não desfrutam a paz que aparentam e, ao final, como um sonho, desaparecerão (vv.18-20).

Ou seja, a prosperidade material é fugaz, efêmera, e não assegura a quem quer que seja qualquer tipo de vantagem na eternidade nem a posse da vida eterna (Mt 19.16-21). Tudo quanto se acumula na terra, aqui ficará (Mt 6.19-21; Sl 39.6; 49.16,17).

O Salmo 73 retrata o incômodo que a prosperidade dos ímpios traz ao crente que possui uma visão distorcida do sucesso alheio.

Somente uma compreensão correta da natureza e autoridade divinas é capaz de fazê-lo olhar na direção certa.

II. O SIGNIFICADO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE

1. Deus é o nosso Supremo Bem. O salmista Asafe afirma que reversamente aos ímpios, ele está de contínuo com Deus por quem é permanentemente guiado, para, ao fim, ser por Ele recebido em glória (vv.23,24).

Haverá maior riqueza do que esta? Afirma ele: “tu me seguraste pela mão direita”, e não pela mão esquerda, afirmando com esta figura de linguagem que Deus sempre nos conduz de maneira certa e pelos lugares certos (Sl 23.1-3).

O versículo 25 expressa a verdadeira prosperidade do homem: Deus como o seu Supremo Bem, assim como o seu mais sublime desejo.

É o mesmo anseio de Davi (Sl 42.1,2) e de outros fiéis da história que se sentiram inquietos pela necessidade da presença do Deus vivo! Que outro bem maior pode o homem ter além de Deus?

2. Deus é a fonte da verdadeira prosperidade (v.26).

Tudo começa e termina em Deus, pois fomos criados para a sua glória! Tudo pode faltar, a vida esvair-se, mas Deus é a nossa herança para sempre (vv.26-28).

Ele é a fonte da verdadeira prosperidade!

Assim, tudo o que temos precisa constituir-se em motivo para que o nome de Deus seja exaltado (1 Co 10.31). Este é o verdadeiro foco.

Deus acima de todas as coisas. Podemos até desfrutar das riquezas materiais como fruto da capacidade que Deus dá a todos para administração da sua vida, mas tudo se restringirá às coisas terrenas (Dt 8.18).

O significado da verdadeira prosperidade é o próprio Senhor. Deus é o Supremo Bem que o crente deve anelar acima de todas as coisas.

III. COMO ALCANÇAR A VERDADEIRA PROSPERIDADE

1. O Novo Testamento e a verdadeira prosperidade.

O Antigo Testamento contém muitas promessas relacionadas à prosperidade material de pessoas específicas e também do povo de Israel como nação (Gn 13.2; 39.2-5; Js 22.8; 1 Rs 2.3).

Os conceitos que elas expressam permanecem válidos ainda hoje como verdades espirituais, mas isso não quer dizer que possuir riquezas materiais seja sinal de espiritualidade ou que estas sejam objeto de fé, como ensinam os arautos da falsa doutrina da prosperidade material.

Uma leitura honesta do Novo Testamento deixa claro que em nenhum momento ele estimula o acúmulo de bens ou aponta a prosperidade material como um fim permanente a ser buscado na vida do cristão.

Ao contrário, as riquezas são descritas como algo que pode servir de obstáculo à comunhão com Deus e até mesmo levar à ruína espiritual (Mt 6.19-21; 10.23; 13.22; 1 Tm 6.9)

Os textos de Mateus 6.33 e Filipenses 4.13 são usados erradamente como base para a maléfica doutrina da prosperidade, os quais não respaldam o referido assunto.

O primeiro, à luz de seu contexto, trata da provisão diária de cada um que busca a Deus em primeiro lugar, tal qual o Senhor provê diariamente o pão para as aves dos céus e as vestes para os lírios do campo.

O segundo, também à luz de seu contexto, alude ao fato de o crente estar bem com Deus em qualquer circunstância, seja na fartura, seja na necessidade, desde que tudo esteja posto sob a perspectiva de Deus.

2. Vivendo a verdadeira prosperidade. Assim, a verdadeira prosperidade não é essa que vem sendo ultimamente apregoada como a grande conquista do Evangelho.

Mas se os bens materiais não são o cerne da mensagem evangélica e nem a meta de vida do crente, pode ele possuir riquezas, sem que isso signifique pecado? É possível prosperar materialmente, mediante o uso da capacidade que Deus nos deu sob suas bênçãos, e desfrutar do bem desta terra?

A Bíblia fala de pessoas ricas no meio da igreja, mas adverte a que não ponham nas riquezas a sua confiança, sejam ricas em boas obras, generosas e prontas a repartir, tendo como sua verdadeira meta entesourar para a vida eterna (1 Tm 6.17-19).

A prosperidade material além de não ser o alvo da fé cristã, não ratifica a espiritualidade do crente.

Alcançamos, portanto, a verdadeira felicidade quando Deus é o nosso Supremo Bem, “pois nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17.28).

Provavelmente Asafe não teria dificuldades com o tema do seu problema, uma vez que a "prosperidade financeira" é mensagem central na maioria dos púlpitos evangélicos.

Não causaria estranheza que antes mesmo de atravessar os portais de muitos templos já recebesse a garantia de que "todos os seus problemas seriam resolvidos".

Então, quais as soluções atuais mais prováveis para o dilema de Asafe ?

Não tenho dúvidas que Asafe ouviria que a causa do seu problema são os encostos.

Entidades malignas que "encostaram" no levita e que por isso ele estava derrotado financeiramente.

A solução para afugentar os tais encostos são diversas: campanha das sete rosas, sessões de descarrego, corrente dos valentes, troca de anjo, desencapetamento total.

Todavia, nada disso teria sucesso sem uma generosa contrapartida financeira como demonstração de fé.

Outra sugestão seria a necessidade de que Asafe repensasse a sua teologia. Alguns apontariam que o fracasso de Asafe tinha como causa sua doutrina ultrapassada.

A primeira coisa que ele deveria fazer era abandonar a concepção de que ser pobre poderia ser a vontade de Deus para a sua vida.

Jamais! Pobreza é coisa do diabo! Ele precisaria assumir o fato de que Deus o queria como "cabeça" e não por "cauda".

Assim, para trazer a existência o que não existe, ele deveria confessar positivamente sua prosperidade material.

Algumas medidas seriam indispensáveis: quebrar as maldições hereditárias da pobreza e reivindicar "por direito" que Deus conceda a bênção divina da prosperidade financeira.

Muito provavelmente Asafe seria apresentado a mais recente onda evangélica brasileira: a teologia das sementes.

A idéia em torno dessa nova maneira de pensar a vida cristã é que tudo gira em função de sementes financeiras que são plantadas em algum importante ministério, notadamente aqueles que possuem amplos espaços midiáticos.

Uma vez plantada a semente financeira, as bênçãos, não apenas materiais, mas também cura divina, salvação de parentes entre outras são liberadas para a pessoa.

O ponto alto da teologia das sementes é quando a mesma é determinada monetariamente pelo "profeta" de Deus.

Nesses casos, o valor da semente é definido (geralmente ultrapassam o salário mínimo) e, vinculado ao desafio, uma promessa específica é anunciada.

Certamente que Asafe seria convidado a "entrar" na tal visão que sutilmente apresenta-se como legitimamente bíblica.

As possibilidades até aqui apresentadas não são nada animadoras.

Mas estou certo de que as opções atuais não se encerram com o cenário exposto.

Asafe poderia encontrar, talvez em menor número, alguns santuários cujo Evangelho é proclamado com zelo e fidelidade escriturística.

Nesse caso, algumas transformações efetivamente começariam a acontecer com o levita. A primeira seria uma drástica mudança de foco.

Ao ouvir o Evangelho Asafe perceberia que a sua perspectiva quanto a condição dos ímpios estava errada.

Isso porque a grande "ênfase" do Evangelho não reside na temporalidade passageira desta vida, mas no destino eterno dos homens: "compreendi o destino dos ímpios" (73.17).

A pregação simples da cruz acabaria por expor que de nada adianta acumular tesouros nesta existência em razão de que tal estilo de vida é "como um sonho que se vai quando acordamos" (73.20).

Outra importante lição seria que a espiritualidade e a comunhão com Deus não podem ser definidas a partir da prosperidade financeira: "no íntimo eu sentia inveja, agi como insensato e ignorante;" (73.21,22).

Mesmo o crente "afligido e castigado" (73.14) com as dificuldades próprias desta existência pode descansar em Deus pelo fato de que "sempre estou contigo; tomas a minha mão direita e me susténs.

Tu me diriges com o teu conselho e depois me receberás na glória" (73.23,24).

Além de tudo isso, uma das coisas mais fascinantes que aconteceria com o levita era que o seu coração seria direcionado para novos desejos, não as coisas deste mundo, mas Deus mesmo seria a sua maior aspiração: "A quem tenho nos céus senão a ti? E na terra, nada mais desejo além de estar junto a ti." (73.25).

Essas transformações operadas pelo Evangelho com certeza remodelariam sua piedade e missão.

Para Asafe, aquilo que o sustentaria numa vida piedosa não seriam seus esforços próprios nem os inúmeros rituais religiosos, porque sua piedade seria definida simplesmente pelo fato de "estar perto de Deus pois o meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre" (73.28,26).

A missão de Asafe ganharia um ímpeto diferente, agora ele assumiria o compromisso vocacional: "proclamarei todos os teus feitos" (73.28).


Depois de tudo isso, ouviríamos novamente Asafe declarar que seus dilemas fo-ram solucionados, pois, enfim, ele entrou no santuário, "no santuário de Deus".

Somente no santuário de Deus os homens são exortados a olharem para Cristo. "Olhem para Cristo. Detenham-se diante da cruz, encarem-na e tentem explicá-la confesse sua cegueira, o seu preconceito, a sua insensatez em confiar em seu próprio entendimento

“Se entregue incondicionalmente a Cristo, e verá a vida com inteireza e bem aventurança que você jamais conheceu antes”

Se você não deseja viver dias de frustração, siga os ensinamentos da Palavra de Deus que diz:

“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).

Amém!